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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Honestidade no bolso

Dilma tenta rebater críticas do banco Santander e insiste em discurso que
cresce uma onda de pessimismo no Brasil


Por Hícaro Teixeira

A economia brasileira vai mal. Continua apresentando baixo crescimento, inflação alta e com déficit em conta-corrente incomodando a vida da população. No mercado há uma torcida grande contra o governo, e essa faísca que está saindo pode acabar virando incêndio para a presidente Dilma Rousseff (PT), durante sua corrida eleitoral. Semana passada o banco Santander fez duras críticas sobre a gestão econômica da presidente em uma carta aos clientes, deixando claro que é “difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma nas pesquisas”. Sem o que falar, Dilma tentou rebater críticas do banco.


Pedro Ladeira/Folhapress

Eu acho inadmissível. Não sei o que farei, eu não vou especular. Eu sou presidenta da República, eu tenho de ter uma atitude mais prudente. O pedido de desculpas do banco foi bastante protocolar. Eu conheço bastante bem o CEO do banco, eu pretendo inclusive conversar pessoalmente com ele. Acho que há no Brasil um jogo de pessimismo inadmissível”, disse Dilma durante entrevista com jornalistas na Sabatina da Folha/Uol/SBT.

Parece que a presidente não está querendo enxergar, de fato, o que acontece no país.
A inflação está descontrolada e passou do teto. Famílias brasileiras, principalmente as que pertencem a classe média, sofrem na pele o aumento do preço dos alimentos, passagens aéreas, gasolina e com serviços domésticos. A única solução que a classe busca para tentar sobreviver é o corte de despesas. Mas Dilma não quer enxergar o caos, e sempre rebate com respostas que não condizem com a realidade.

Hoje 75% dos brasileiros, de 200 milhões, estão na classe C, A e B. Posso dizer que quem ganhou mais. Todos ganharam. Mas é fato que os mais pobres ganharam mais. Isso é muito importante porque um país que faz isso melhora muito. Antes estavam excluídos do mercado. Acho que tem gente que não gostou muito que ao lado dele no avião sente uma empregada”, diz. O governo brasileiro infelizmente continua virando de costas e tentando desenhar outro mundo. A situação das famílias que hoje vivem nas favelas é desumana. Não é nada normal sentir cheiro de esgoto ou demorar 4 horas para chegar no trabalho.

A melhor coisa que um governante precisa fazer, antes tudo, para conseguir a reeleição é assumir os erros, mas nem isso Dilma fez. Não assumiu nenhum, e foi questionada por jornalistas se teria cometido algum equívoco, mas parece que a honestidade da presidente, nesse momento, está dentro do bolso. 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Escravos do preconceito

Mesmo o Brasil sendo um país com uma grande diversidade, ainda há preconceito, inclusive no ambiente de trabalho

Hícaro Teixeira

No mercado de trabalho, empresas privadas ainda reprovam diariamente funcionários e candidatos a emprego por causa da aparência. Tatuagem, tipo físico, estilo de cabelo, obesidade, orientação sexual e cor da pele são os principais motivos alegados para considerar alguém fora do padrão desejado pelo empregador. O problema é que na maioria das vezes, o motivo da dispensa ou não contratação não é dito com clareza, o que não permite que as pessoas procurem a Justiça em busca de reparação. Elas alegam medo e insegurança de não conseguirem outro emprego. De acordo com especialistas, é raro alguns casos se transformarem em queixas na polícia e virarem processos judiciais, pois os profissionais tem medo de denunciar e se queimarem no mercado de trabalho.



Foto: reprodução
Um levantamento realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) mostra que entre janeiro e dezembro de 2012 foram registrados 48 casos de discriminação no Distrito Federal. E, também, ocorreram 12 ações judiciais de 6 assinaturas de “Termos de Ajustamento de Conduta (TAC)” – documento utilizado pelos órgãos públicos, em especial pelos ministérios públicos, para o ajuste de condutas contrárias à lei.

A auxiliar veterinária Laiane da Conceição, de 23 anos, diz que até hoje tem a vida conturbada, por conta das discriminações que passou no seu antigo emprego. A auxiliar relata que o chefe da clínica veterinária que ela trabalhava, além de discriminar a funcionária chamando-a de ‘cabeçuda’, xingava, assediava e até ameaçava de morte. Laiane diz que ele reclamava da qualidade do serviço e obrigava a funcionária a trabalhar 16 horas por dia e não pagava horas extras. Até na limpeza da clínica, Laiane era obrigada a trabalhar. Ela conta que sempre precisou trabalhar desde cedo para ajudar a família. “Tive que aguentar durante dois anos os abusos e discriminações feitas pelo chefe”, afirma.

A jovem tinha até se acostumado com os assédios e discriminações feitas pelo chefe. Segundo ela, bastava os dois ficarem sós na empresa que ele mal tratava. “Um dia, eu estava subindo a escada e de repente ele veio com uma garrafa de gasolina e caixa de fósforo me ameaçando, dizendo que ele só precisava arriscar o fósforo e tacar fogo em mim”, relata. Após esse dia, Laiane processou o chefe e fez uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT). Ela também disse que por conta das discriminações, frequenta psiquiatra há dois anos e, além do mais, toma remédio controlado.
De acordo com o procurador do Trabalho Valdir Pereira da Silva, as empresas são proibidas de exigir padrões estéticos para empregados. Porém, é necessário o MPT ter um controle sobre essas situações. “Assédio e discriminação geram sintomatologia, ou seja, problemas psicológicos. Hoje em dia, nenhuma empresa pode cometer esse tipo de discriminação, pois é causado um processo de danos morais coletivos”, afirma.

Formado em segurança da informação, Márcio Rodrigues, 27 anos, já presenciou a manifestação do preconceito pelo chefe muitas vezes. O caso ocorreu em 2008, quando trabalhava no CPD de uma concessionária.  

Márcio era considerado um excelente funcionário para o patrão antigo – o ritmo de produtividade era alto – e sempre era o funcionário do mês. No mesmo ano, foi escalado pelo chefe  para outro nível hierárquico  na empresa – ele atuava no grupo da montagem e configuração  e passou a atuar na área de processamento de dados da empresa.
Em maio 2008, o chefe de Márcio pediu demissão e entrou outro. O novo chefe começou a estranhar Márcio no outro mês. “Achei muito estranho essa mudança. Ele me tratava bem nos primeiros dias e depois começou a ficar estranho”, conta.

Certo dia ocorrera um problema no sistema da empresa, provocando a perda de muitos dados. O chefe acabou acusando Márcio. “Ele começou a gritar comigo e depois perdeu o controle, e me chamou de magrelo. Disse que eu não tinha capacidade, e que eu tinha que fazer exame de sangue. Desconfiei da expressão dele”, conta. Após isso, Márcio se sentiu muito mal. E depois, sempre o chefe puxava assuntos com ele, pedindo para ele ir ao médico, pois o estado físico de funcionário estava estranho, até que um dia o chefe perguntou se o funcionário tinha HIV.
Cansado da situação Márcio reclamou com os chefes superiores, mas não adiantou. Os chefes tiveram uma conversa, mas no outro dia o chefe foi comentar com o Márcio que o pensamento dele não era esse.

Márcio, inconformado com a situação, pediu demissão e depois processou a empresa pelo o fato de ter acobertado o funcionário. De acordo com Márcio, em setembro acontecerá o julgamento.   
Quando morava em Brasília, o estudante Aristóteles Leite, 21 procurava emprego em um shopping. Ao entregar o currículo em uma loja, o gerente pediu para ele emagrecer, pois fazendo isso ele conseguiria emprego em vários lugares. “Fiquei sem reação na hora. Pensei: será que, por ser gordo, eu tenho menos capacidade que os outros?”. Aristóteles pegou trauma de shopping até para fazer compras. ”Usei essas situações pro meu bem, emagreci 42 quilos em um ano”, diz.

O que impressionou a psicóloga Lorena Torres, após analisar a história do adolescente Aristóteles, foi ele ter emagrecido por conta da discriminação.  Para ela, a sociedade contemporânea dá muito valor à aparência, roupas, carro e objetos. Porém, isso influencia na cultura das empresas. “As pessoas estão se preocupando com questões que não faz o menor sentido. Isso não muda o caráter do profissional e nem a capacidade dele. Infelizmente nós estamos em uma sociedade que dá muito valor à aparência. A nossa sociedade quer vender felicidade de uma forma errada”, ressalta.

De acordo com a psicóloga, o fato dos trabalhadores não denunciarem e deixarem a história de lado, mostra que estão acostumados a passar por esses preconceitos. “Quem sofre essas agressões por muito tempo, e registra ocorrência, acabam deixando os argumentos perderem o sentido, e quem está registrando, acaba pensando que o denunciante está contando mentiras”, afirma.


Para o procurador do trabalho Valdir, nenhuma empresa pode exigir padrões estéticos ao funcionário. “Isso é inconstitucional, a empresa pode levar uma multa em um valor alto por conta disso”, ressalta. O procurador usou, como exemplo, um caso de um gerente das lojas Casas Bahia que discriminou uma funcionária por conta do cabelo dela. Segundo Valdir, a empresa fora notificada. “Nesse caso que acompanhei, a Casas Bahias levou uma multa de aproximadamente R$ 100 mil”, conta.

A professora da Universidade de Brasília (UnB) Christiane Machado Coelho, especialista em sociologia urbana do trabalho, explica que existe uma ditadura de aparência. Ou seja, hoje as empresas estão mais preocupadas com o autoritarismo no visual estético, que acabam causando uma discriminação violando os direitos humanos. “Essa cultura de estética ditatorial adotada no Brasil traz efeitos devastadores para a sociedade. O preconceito e a discriminação iniciam no recrutamento de empregados e vai até o dia que o empregado está na empresa, e é cobrança é tão grande, que ele não consegue permanecer por muito tempo”, explica.


Lucas Viana de Souza, 22 anos, trabalhava numa escola de informática no Guará, em 2010. Era professor de montagem e configuração de computadores. Viana sempre gostou de andar com o cabelo black power.  Na empresa houve uma pequena mudança na diretoria da faculdade: a entrada de um gerente administrativo. Num certo dia, o gerente chamou Viana na sala e disse que ele não poderia continuar com o visual na escola. Para Viana isso foi um preconceito muito forte. “Ele disse que meu cabelo não combinava com perfil de professor. Fiquei bastante chateado porque isso é da minha cultura, pois você carrega aquilo”, relata. Viana disse que conversou com o diretor da escola, mas nada foi resolvido.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Não há irregularidade no aeroporto em município de MG, segundo o Ministério Público

Por Hícaro Teixeira


O Ministério Público concluiu  em 13 de fevereiro de 2014, que não há irregularidade no aeroporto no município de Cláudio em Minas Gerais.  A investigação foi aberta em 23 de março de 2009, após uma denuncia anônima, mas foi arquivada por falta de provas.

Uma reportagem de domingo do jornal Folha de S.Paulo teria acusado o candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG) de construir o aeroporto  na fazenda de um parente por R$ 14 milhões, na época em que Aécio era governador do Estado.

Em 14 de março de 2008, a área que funciona o aeroporto foi desapropriada pela Justiça e a posse foi transferida pelo Estado. Na época, não se tratava de um novo aeroporto, e sim, de melhoria na antiga pista de pouso existente no local há mais de 20 anos. As obras da pista começaram no início de 2009.

Porém, a Secretaria de Transporte e Obras Públicas mostrou que não há irregularidade, e arquivou o inquérito civil. A construção do aeroporto foi executada quando Tancredo Neves era governador de MG, em 1983, e era uma pista de terra. Múcio era prefeito de Cláudio e também proprietário da terra. O Estado desapropriou a área de Múcio antes da licitação do aeroporto.


ANAC
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, em nota, que vai notificar o governo de Minas e a Prefeitura de Cláudio para que apresentarem em dez dias informações sobre supostas irregularidades na utilização do aeroporto.

"A Anac fará inspeção para verificar se o aeródromo de Cláudio foi construído de acordo com requisitos técnicos para a emissão da portaria de homologação da Anac, que será posteriormente encaminhada ao Comando da Aeronáutica para atualização das publicações aeronáuticas e finalização do processo junto ao Comando", afirma a nota.
De acordo com a Anac, o aeroporto não tem autorização para funcionar porque há pendências de documentação. 

domingo, 20 de julho de 2014

Aécio rebate reportagem de jornal sobre “financiamento de aeroporto” em MG

Da redação

O candidato a Presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG) rebateu acusações do jornal Folha de S.Paulo, que em reportagem disse que, quando Aécio era governador de Minas Gerais, teria construído um aeroporto na fazenda de um parente por R$ 14 milhões. O candidato afirmou que a área em que foi construído o aeroporto de Cláudio, pertence ao Estado desde 14 de março de 2008.

A área em que funciona o aeroporto foi desapropriada pela Justiça e sua posse transferida ao Estado em 14 de março de 2008. As obras começaram no início de 2009”, disse Aécio.


Em 2008, não se tratava de um novo aeroporto, e sim, de melhorias na antiga pista de pouso existente no local há mais de 20 anos. “A propriedade do Estado sobre a área é irreversível desde março de 2008. A ação que existe na Justiça se refere apenas ao valor da desapropriação, uma vez que o antigo proprietário não concordou com as bases fixadas pelo Estado e reivindica valor maior”, explica o candidato. 


De acordo com a Folha, para pousar no aeroporto era necessário pedir permissão aos filhos de Múcio Guimarães, tio do senador. O jornal também diz que o aeroporto foi construído pela construtora Vilasa, responsável por outros aeroportos. O custo final da obra, somados aditivos do contrato original teria sido de R$ 13,9 milhões.


Quando Tancredo Neves era governador de MG, ele teria construído em 1983. Era uma pista simples, de terra. Múcio era prefeito de Cláudio. O Estado desapropriou a área de Múcio antes da licitação do aeroporto hoje.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Eduardo Campos cai em contradição

Por Hícaro Teixeira

O jeito de “fazer política de forma diferente” apresentada pelo o candidato à presidência Eduardo Campos, não existe. O socialista cai em contradição quando levanta essa ideia em seu discurso. O candidato critica o PMDB dizendo que o partido está com o pé em duas canoas: apoiando o PT e PSDB - mas age com as mesmas práticas políticas. 

No Rio de Janeiro, Romário, do PSB,  apoiará o petista Lindeberg Farias, que será candidato ao governo no estado. Em São Paulo, o PSB vai subir no palanque com o tucano Geraldo Alckmin, que tentará a reeleição. Isto é, na tentativa de costurar alianças, Campos demonstra que o PSB tem os mesmos tentáculos comparando com os peemedebistas.

Foto: Raquel Cunha/Folhapres

Farias, candidato que o PSB irá apoiar, é condenado por corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, Elza Elena Barbosa Araújo, prestou depoimento ao Ministério Público Estadual, alegando que Lindbergh no início de seu mandato, em 2005, teria montado um esquema de captação de propina entre empresas contratadas pelo município – com o valor que podia chegar a R$ 500 mil por contrato. 

Sobre o governo federal, Campos demonstra que o rompimento do PSB com o PT, foi apenas um teatro, e nada passa disso, pois ele afaga Lula. “Se compararmos governo Dilma com Lula vai ver que é algo completamente diferente. Lula fez muito mais pelo Brasil. Basta perguntar para qualquer eleitor. Dilma deixou o pais pior do que ela encontrou”, disse durante sabatina promovida pelo UOL, Folha, com o SBT e a rádio Jovem Pan.

O pessebista ressaltou que “Lula foi responsável por diversas conquistas sociais”. Depois, ao ser questionado pelos jornalistas sobre o maior escândalo de corrupção da história do País, o mensalão petista, Campos esquivou-se e não fez comentário algum – apenas enrolou.

Depois, Campos fez um comparativo sobre os casos de corrupção do governo PT e PSDB. “A compra de votos que ocorreu no durante o governo Fernando Henrique Cardoso para a reeleição foi um absurdo que aconteceu na história da nossa democracia, tanto como o mensalão do PT”, comentou.

Até o momento, na corrida eleitoral, Campos não agiu de forma diferente. Continua com o mesmo discurso moralista. O maior medo dos eleitores é o PSB apoiar o PT no segundo turno. Há uma desconfiança grande sobre o candidato, que era cumprir um papel de opositor – mas ele poupa ataques sobre Lula - e acaba trazendo desconfiança.

Pesquisas de intenção de voto

Entre os três principais candidatos ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos têm aparecido em terceiro lugar na última pesquisa realizada pelo Datafolha, com 9%. A presidente Dilma Rousseff (PT) subiu quatro pontos percentuais, de 34% no mês passado para 38%. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) oscilou de 19% para 20%. 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Falcão se diz preocupado com a história do Aezão


Erich Decat, do 

Brasília - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, revelou nesta quinta-feira, 26, "estar preocupado" com a criação do movimento "Aezão" no Rio de Janeiro, que prega o voto conjunto no governador Pezão (PMDB) e no candidato tucano à Presidência, senador Aécio Neves.
O Estado é o terceiro maior colégio eleitoral do País, atrás apenas de São Paulo, comandado pelo PSDB, e Minas Gerais, reduto eleitoral de Aécio.
"Estou preocupado com essa história do Aezão, mas a nossa expectativa é que a maioria do PMDB, a começar pelo governador Pezão, vai apoiar a Dilma, como o prefeito Eduardo Paes (PMDB)", afirmou Rui Falcão após encontro da Executiva Nacional da legenda, em São Paulo.
Na ocasião, a cúpula da legenda, avaliou o cenário estadual da disputa eleitoral deste ano.
"Vamos trabalhar no Rio de Janeiro para que não só o Pezão, como o Garotinho (PR) e o Marcelo Crivella (PRB), que já estão apoiando a Dilma, também mantenham esse apoio, restringindo muito as possibilidades do Aezão no Rio", ressaltou o dirigente.
O movimento Aezão tem como um dos principais defensores o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani.
No último domingo, 22, ele assegurou o ingresso, na chapa do partido, do ex-prefeito Cesar Maia (DEM), que desistiu de disputar o governo do Estado e integrará a chapa de Pezão na disputa para o Senado.
Embora dentro do PMDB fluminense vários setores apoiem a chapa Aezão, Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) prometem pedir votos para a reeleição da presidente Dilma.
Rui Falcão informou também que se encontraria nesta quinta-feira com o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, para acertar aliança do partido no âmbito nacional e estadual.
Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Pereira ressaltou que a cúpula da legenda ficou contrariada com a intervenção do Palácio do Planalto na disputa estadual do Rio e passou a "reavaliar" o apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"Foi combinado com o governo federal que eles não iriam interferir na eleição do Rio, já que o Estado teria quatro candidatos da base aliada. O governo interveio de forma forte e veemente por meio dos ministros Ricardo Berzoini Relações Institucionais e Aloizio Mercadante Casa Civil", afirmou Marcos Pereira.
Questionado sobre quais procedimentos os ministros palacianos tomaram, o dirigente afirmou: "Eles chamaram o presidente do PROS, Eurípides Júnior, e pediram que ele fosse com Lindbergh Farias (PT) ou com o Garotinho (PR) e contra o Crivella. Foi o que aconteceu".
Na noite da última terça-feira, 24, o PROS anunciou a adesão à campanha ao governo do Rio de Anthony Garotinho (PR).
A decisão ocorreu no mesmo dia em que o PROS realizou convenção nacional em que oficializou apoio à campanha presidencial de Dilma.

sábado, 21 de junho de 2014

Depois da Copa, a guerra. Por Ruy Fabiano

Por Ruy Fabiano

O sinais são bem claros: Rui Falcão, presidente do PT, diz que as eleições de outubro serão as mais difíceis que o partido já enfrentou, enquanto Lula avisa que a campanha será uma guerra. Há outras declarações de petistas graduados no mesmo tom.

Mas essas resumem o que vem por aí. Há um nítido tom de ameaça de desestabilizar o país. Mesmo assim, Dilma Rousseff continua perdendo pontos nas pesquisas, não obstante estar abrindo a caixa de bondades para melhorar sua imagem.

A campanha, a rigor, não começou. Há manifestações nas redes sociais, mas o grosso do eleitorado só tomará conhecimento quando chegar à TV aberta. Por enquanto, na chamada periferia, onde está a maioria pouco se conhece do candidato da oposição.

O uso do singular decorre do fato de, até aqui, entre os candidatos competitivos, só há mesmo o do PSDB, Aécio Neves. A chapa do PSB, Eduardo Campos-Marina Silva, não pode assim ser classificada. Faz oposição a Dilma, não ao sistema que representa.

O discurso do PSB é mais ou menos o seguinte: Lula entregou um país em ordem para Dilma, que o estragou. Não por acaso, os dois integrantes da chapa foram ministros de Lula. Faz sentido defendê-lo. Só não dá para iludir. João Pedro Stédile, o chefão do MST, já declarou que, com o PSB, nada muda, mas com Aécio haverá forte reação dos movimentos sociais.

Falta pouco para que o PT oficialize a chapa Dilma Roussef-Michel Temer. Permanece, porém, a dúvida: confirmando-se a tendência de queda de Dilma, irá o partido arriscar-se a concorrer com ela? Parte do PMDB, o mais pragmático dos partidos, já decidiu debandar, por sentir que o barco está fazendo água.

Segundo noticiou um jornal, Lula teria respondido a um parlamentar graduado do PT, há dias, que “ainda está cedo para entrar em campo”. Ficou a dúvida quanto à expressão. Em campo, ele já está há muito tempo. A rigor, nunca saiu. Daí a suspeita de que “entrar em campo” signifique mais que subir em palanques – e se traduza por assumir sua própria candidatura.

Há vantagens e desvantagens. A desvantagem é que, nessa hipótese, estaria confessando que seu “poste” fracassou. E ainda: poria em xeque sua imagem de presidente bem sucedido, já que terá, na eventualidade de se eleger, de colher os frutos que ele próprio semeou, deparando-se com uma economia em frangalhos.

A vantagem é que, constatada a inviabilidade de Dilma, Lula é ainda uma alternativa forte, com um grau de competitividade junto ao povão em princípio superior ao do candidato do PSDB. A ressalva decorre do fato de que, mesmo em relação a Lula, há dúvidas sobre se repetiria a performance de eleições anteriores.

A inflação do preço dos alimentos já está há muito sendo sentida pela população mais pobre, a que mais fundo sente seus efeitos. O discurso do nós x eles – que pretende dividir a sociedade – está por mostrar sua eficácia eleitoral.

Não foi com ele que Lula se elegeu. Ao contrário, para romper um longo ciclo de derrotas, apelou para a imagem conciliadora, do “Lulinha, paz e amor”, que culminou com a Carta aos Brasileiros, que prometia não promover rupturas na economia.

O que se constata é que o PT está numa sinuca de bico: se Dilma não decolar, terá que pôr em cena sua única figura alternativa, que é também sua liderança maior. Se ela perder, o partido se desfigura e entra em crise existencial.

O perigo está aí: nada mais perigoso que uma fera acuada. É capaz de tudo. O partido, ao longo de seus mais de onze anos no poder, formou milícias armadas e, por meio do decreto 8.243 – que institui a Política Nacional de Participação Social, dando aos movimentos sociais, que são seus satélites, meios de influir nas decisões do Executivo -, pretende manter seus militantes dentro da administração pública.

Em síntese, perdendo, o PT promete infernizar a vida de quem ganhar; ganhando, promete dar início ao processo de ruptura até aqui evitado. Depois da Copa, a guerra.
Ruy Fabiano é jornalista

A nova maneira de fazer política do PSB

Pitaco -
Por Hícaro Teixeira


O PSB soa como o PMDB. Apoia a candidatura do petista Lindeberg Farias no Rio de Janeiro, e ao mesmo tempo, a do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo. Ou seja: o que importa é o interesse.

Vale lembrar, que Farias é condenado por corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

A ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, Elza Elena Barbosa Araújo, prestou depoimento ao Ministério Público Estadual,  alegando que "Lindbergh no início de seu mandato, em 2005, teria montado um esquema de captação de propina entre empresas contratadas pelo município – com o valor que podia chegar a R$ 500 mil por contrato". 

Entretanto, Eduardo Campos em seu discurso diz que busca fazer "política de forma diferente". Será?


É importante destacar também que o deputado federal Romário (PSB), é um dos candidatos que fará parte da chapa de Farias no Rio. E Romário diz ser um deputado "ético".

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Aécio Neves anuncia 6 coordenadores para programa de governo


Por Hícaro Teixeira

Rio de Janeiro - Os nomes dos especialistas que farão parte da formulação do programa de governo do candidato à Presidência da República, Aécio Neves, do PSDB, foram apresentados nessa sexta-feira (20), sob a coordenação de Antonio Anastania. Entre os indicados está o economista Armínio Fraga e o ex-deputado federal Fabio Feldmann na “área econômica e meio ambiente”.

O sociólogo Cláudio Beato ficará responsável pela segurança pública. Para  “políticas sociais” a professora da PUC-SP e doutora em Serviço Social Carminha Brant; a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro “educação”; o escritor Affonso Romano de Sant’Anna  “cultura”; e o fundador do AfroReggae, José Júnior, ajudará na discussão das ações relacionadas à “juventude”. 




Segundo Aécio, a ideia é buscar a elaboração de um programa plural, que faça a convergência de linhas de pensamento distintas de áreas essenciais ao país. A fórmula criada pelo candidato tem nomes alinhados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Geraldo Alckimin.

Perfis

Affonso Romano de Sant’Anna (Cultura)

Professor, poeta, cronista, jornalista e administrador cultural, presidiu a Fundação Biblioteca Nacional de 1990 a 1996. Foi secretário-geral da Associação das Bibliotecas Nacionais Ibero-Americanas e presidente do Conselho do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe (CERLALC). Lecionou em diversas universidades no país e no exterior e dirigiu o Departamento de Letras e Artes da PUC-RJ, onde foi o idealizador e organizador do encontro Expoesia, que reuniu cerca de 600 poetas, em 1973. Autor de mais de 40 livros publicados, além de poemas célebres, como “Que país é este?”.

Carminha Brant (Políticas Sociais)

Maria do Carmo Brant de Carvalho possui trajetória como assistente social em órgãos públicos, professora na PUC-SP e no exterior, doutora em Serviço Social pela PUC-SP e pós-doutorada em Ciência Política Aplicada pela École des Hautes Études em Sciences Sociales de Paris. Superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) de 2000 a 2010. Atualmente desenvolve consultoria a diversos projetos nas áreas de Habitação, Assistência Social e Educação Públicas.

Cláudio Beato (Segurança Pública)

Professor titular do Departamento de Sociologia da UFMG, mestre e doutor pela Sociedade Brasileira de Instrução – SBI/IUPERJ, atualmente é coordenador do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública (CRISP). Consultor em diversos países da América Latina para o desenvolvimento de programas e projetos de controle e prevenção da violência. Também atuou com o Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Coordenou o programa de governo do então candidato ao governo de Minas, Antonio Anastasia, em 2010.

José Júnior (Juventude)

Em agosto de 1993, os moradores de em Vigário Geral, no Rio de Janeiro, sofreram com uma chacina que matou 21 pessoas. No mês seguinte, José Júnior começou um trabalho que deu início a uma nova forma de educação e descriminalização da cidade. O Grupo Cultural AfroReggae, que Júnior coordena, passou a oferecer oficinas de reciclagem de lixo, percussão e de dança afro na comunidade, no Núcleo Comunitário de Cultura. Júnior já atuou diversas vezes como mediador de conflitos. Hoje, o AfroReggae conta com quatro núcleos de atuação, mais de 30 projetos em andamento, 9 grupos artísticos, centro de informática e programas de TV. Suas oficinas já foram multiplicadas em vários países, a convite da ONU.

Maria Helena Guimarães de Castro (Educação)

Socióloga especialista em Educação, mestre em Ciência Política pela Unicamp, na qual é professora aposentada e atua como pesquisadora. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, foi secretária-executiva do Ministério da Educação, em 2002, e presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 1995 e 2001. Foi secretária de Estado de Educação de São Paulo. No governo paulista, também foi secretária das pastas de Assistência e Desenvolvimento Social e Ciência e Tecnologia. Atualmente, é diretora-executiva da Fundação SEADE, de São Paulo. Participa de conselhos de entidades ligadas à educação, como a Todos pela Educação. Membro da Academia Brasileira de Educação desde 2005.

Fabio Feldman (Meio Ambiente e Sustentabilidade)

Deputado constituinte responsável por grande parte da legislação ambiental brasileira, com atuação destacada na sociedade civil, é fundador e foi o primeiro presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, membro do Conselho do Greenpeace Internacional, da Conservation International (CI), do Global Reporting Initiative (GRI), entre diversas outras entidades ligadas ao tema. Criador e primeiro secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e ex-secretário de Estado de Meio Ambiente de São Paulo. Como reconhecimento pelo seu trabalho, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, dentre eles o Prêmio Global 500 das Nações Unidas.




sábado, 14 de junho de 2014

Aécio critica as “estranhas” relações do governo PT com Cuba

Por Hícaro Teixeira

SÃO PAULO - O candidato à Presidência da República Aécio Neves, do PSDB, iniciou no sábado (14), em São Paulo (SP), a corrida eleitoral rumo as rampas do Palácio do Planalto. Com o tom elevado no discurso, Aécio atacou o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), durante a convenção que participou 5 mil pessoas. 

Foto:psdb.org


“Assim que eu assumir o governo mostrarei o rombo que o PT fez nas contas públicas.
Portanto, o governo alega que não tem sobrado recursos para modernizar os portos do país, as rodovias e metrôs brasileiros -, mas tem dinheiro para fazer obras em países alinhados ideologicamente”, ressaltou.

Aécio comentou que o PT tem medo de dar informações à sociedade sobre os portos em Cuba. “Irei revelar para o Brasil os benefícios que esses financiamentos tiveram”, pontua.

O objetivo, segundo Aécio, é gerar um novo Brasil, onde haja um novo ciclo de educação de qualidade e saúde digna na porta das famílias brasileiras, e falou que um tsumami vai varrer o PT do Poder.

Participaram da convenção do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de SP José Serra, o atual governador do Estado, Geraldo Alckmin e o senador José Agripino do (DEM-RN).

“Não existe educação com esse atual governo. Sou professor há anos e sei o carinho que os professores merecem. Queremos agora uma educação de qualidade, da mesma forma que Aécio fez em Minas Gerais (MG). Nós queremos segurança também, quem não quer? Só a elite não precisam – pois vivem cercados de guardas”, comentou FHC

Para alegrar a festa no ninho tucano, Serra discursou em apoio ao Aécio – que foi um mérito para o candidato. O ex-governador já foi apontado pelo os próprios tucanos, como adversário interno do candidato. “Quero saudar o presidente nacional do PSDB e o futuro presidente do Brasil”, disse Serra.


Nada decidido

Seria decidido nesse sábado a escolha do nome que concorreria à vice-presidência, junto com Aécio - mas nada foi acertado. O nome do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi cogitado várias vezes para vice, e de Serra também, entretanto, o ex-governador informou ao jornal O Estado de S.Paulo que sairá como candidato à Câmara. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Manifestação nos estádios

Foto: Nilton Fukida/Estãdo Conteúdo
Opinião:Por Hícaro Teixeira

As manifestações anunciadas durante todos esses meses ocorreu dentro do estádio ontem, na abertura da Copa do Mundo. Se a presidente Dilma Rouseff foi vaiada - coisa boa ela não andou fazendo para as coisas chegarem a esse ponto. O tom de agressividade levantado no estádio é o mesmo que o governo levanta para a população nesses 4 anos.
Portanto, é legítimo a manifestação de pensamento - e vale lembrar que não é um "patriotismo inatural" - e sim liberdade de expressão.
Vale lembrar, no entanto, que a Constituição Federal no inciso IV do artigo 5º. assegura que é “livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, e o parágrafo 2º, do mesmo artigo constitucional, também veda “toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. A liberdade de expressão é um instrumento da democracia - e tem que ser respeitado.
A FIFA está querendo barrar torcedores que estão entrando no estádio com cartazes, faixas ou mesmo vestir roupas que exprimam opiniões políticas - e isso fere a liberdade de expressão.
O mais engraçado no meio desse acontecimento é que a elite sempre leva a culpa, só porque os xingamentos e vaias partiram da arquibancada em que o valor do ingresso é R$ 990,00. E não foi a primeira vez que isso aconteceu. Na Copa das Confederações, a presidente foi vaiada também, no Estádio Nacional em Brasília.
A Dilma pode passar em um bairro pobre que é vaiada e xingada da mesma forma.
Foto: Nilton Fukida/Estãdo Conteúdo

sábado, 7 de junho de 2014

O poder da mentira

Análise/Opinião
Por Hícaro Teixeira


As pessoas estão jogando da forma mais baixa nesse ano eleitoral. Fico impressionado, a cada dia, com associação da imagem do Aécio Neves com a cocaína. Quem repete e compartilha essa história mostra que perdeu o freio, e principalmente, o bom senso. 


Aécio em uma festa com a filha
No entanto, isso não serve só para o Aécio: já disseram que a presidente Dilma Rousseff "usa cueca" - e vários outras histórias. Essas calúnias criam um marketing negativo em cima da pessoa, que é difícil de desgrudar lá na frente, pois a imprensa passa a repetir isso constantemente, a ponto de desgastar a imagem da pessoa.

O que me impressiona é ver profissionais - que tem anos de experiência na minha frente, de vida e profissão, compartilhar isso, sem ter uma prova sequer. Observo muitos compartilhando links sem checar a informação, que vem de "blogs sujos" (de direita e esquerda) que criam histórias bizarras. Portanto, a melhor dica é observar quem escreve. Faça uma pesquisa sobre o nome do autor... Veja se ele tem provas (documentos: imagens, fotos, vídeos, áudio, laudos, exames ou até comprovação por parte Polícia Federal). 


Caros, a informação de um jornalista nunca comprova nada, muitos acham que só o fato do profissional publicar num jornal, é algo concreto. Hoje a falta de ética no jornalismo destrói muitas reputações. Lembre-se: até o William Bonner erra. Já vi ex-professores postando links bizarros - acredite -  e para uma pessoa tornar-se professor é necessário estudar anos num mestrado.  


Aécio durante uma entrevista à imprensa. O blog Diário do Mundo
publicou uma falsa notícia de que ele estaria bêbado na imagem.  
Na última segunda-feira, no Roda Vida, programa de entrevistas da TV Cultura, assisti o candidato Aécio Neves,  e um jornalista muito importante do jornal Folha de S.Paulo, que respeito e acompanho muito, questionou Aécio sobre o uso da maconha na adolescência. Não sei se o objetivo do jornalista foi construir uma ponte para que a pergunta do outro colega da revista Piauí caminhasse em cima - com o objetivo de dar a oportunidade de ser questionado a tal história "da cocaína". Depois o jornalista da revista insistiu muito nesse ponto, afim de desgastar o candidato. 

Um dos objetivos do marketing também é aproveitar a imagem de "político jovem" do Aécio e associar como "o cara das baladas em Leblon" ou "o jovem cheirador". Isso é baixo. Até histórias de que ele teve "overdose" aparecem nesses blogs.

E aí a gente coloca um exemplo: vem um jornalista e questiona a Dilma, no meio do programa, se ela é homossexual. Poxa, por favor, né? Isso não é desnecessário? 

A mentira chega num nível tão elevado que faz as pessoas comentarem o seguinte: "Pra que irei escolher um candidato que dizem que cheira pó? Ele vai pegar o dinheiro público e comprar tudo de pó pra cheirar". E é daí pra pior. O que falta é ter bom senso e compreensão. 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A iniciativa privada ia financiar a construção dos estádios, diz Dilma

06 Junho 2014 – 21:49
Por Hícaro Teixeira

Heinrich Aikawa/Instituto Lula
PORTO ALEGRE - A presidente Dilma Rousseff disse nessa sexta-feira (6), em Porto Alegre (RS), que a construção dos estádios no Brasil seria por conta da iniciativa privada – mas preferiu que fosse com o dinheiro do governo, pois as obras não seriam concluídas com mais rapidez. A presidente também ressaltou, durante o Encontro do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul, que os estádios foram financiados através do empréstimo dos bancos.

“No início a FIFA nos informou que os estádios seriam privados. Com o passar do tempo vimos que não ia aparecer estádio nenhum. Nos dispomos financiar com um valor que chegava a R$ 4 bilhões. O gasto com os estádios no total foram de R$ 8 bilhões, sendo que 4 bilhões foi financiamento que o governo federal colocou à disposição dos 12 estádios”, afirmou.


E, também, Dilma explicou sobre a construção dos aeroportos, alegando que no período em que o terminal 3 de Cumbica foi inaugurado, “houveram apenas umas goteiras”. 


Assim que o terminal foi concluído, a mídia noticiou que além das goteiras faltava água nos banheiros e ausência de sinalização – que inclusive – foram apontadas pelos passageiros.

Dilma esteve presente junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento organizado pelo PT gaúcho, para lançar a chapa com a pré-candidatura de Tarso Genro à reeleição para o governo do Estado e do ex-governador Olívio Dutra (PT) ao Senado, ao lado dos aliados do PC do B, PTB, PR, PROS, PTL, PTC.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A Copa das Copas?

Artigo/Opinião
Por Hícaro Teixeira


BRASÍLIA - Antes do Brasil ser ratificado no dia 30 de outubro de 2007, para receber a Copa do Mundo, houveram 8 reuniões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (quando era presidente) com o presidente da FIFA Joseph Blatter. O Brasil foi criticado, por Blatter, pelas as péssimas condições dos estádios e a falta de infra-estrutura no País para receber a Copa, e Lula deixou claro que tudo seria reformado até 2014. 

Como o ex-presidente era uma “pessoa de confiança” para os brasileiros, tudo ficou acertado, o Brasil estaria preparado para receber os jogos de 2014, após reformas. Com o passar dos anos, o brasileiro viu que tudo estava do mesmo jeito, até irem às ruas manifestarem em junho e julho, pegando carona com as manifestações de R$ 0,20 centavos em São Paulo (SP). Dizem por aí que não foi uma manifestação definida, e sim, confusa - pois muitos levantaram várias placas com reinvidicações diferentes. É importante lembrar que os motivos eram tantos - que não daria para criar uma manifestação para cada mazela.

Em 2013 a presidente Dilma Rousseff (PT), em cadeia nacional na TV, anunciou os cinco pactos: o de
responsabilidade fiscal, reforma política, melhora na saúde; respeito ao transporte público e mobilidade urbana; e a reforma na educação. Ela cumpriu? Não, apenas prometeu e maquiou. A maquiagem saiu e a promessa da reforma política foi deixada de lado.

Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. A imprensa internacional está apontando inúmeros problemas no País, inclusive, o Washignton Post publicou uma matéria sobre o superfaturamento nos estádios, destacando em manchete, que o Brasil passa “por uma fase triste”.

Não dá para esconder também que diariamente as novas classes médias baixas passam por inúmeros problemas provocado pela falta de estrutura do governo. Aí vem a pergunta? Será que vai valer a pena receber a Copa? Pode ser que sim, pois é o sonho do brasileiro. Mas o Brasil tem condições? Não.

Depois vem o famoso questionamento que virou clichê: “mas o brasileiro teve o tempo suficiente para negar a ratificação da Copa no País”. Sim! E teve. Mas todos acreditaram que o governo melhoraria tudo até 2014, conforme havia prometido. E melhorou? Não mesmo. Lula autorizou a Copa pensando nas eleições, pois ele aproveitou o ponto fraco do brasileiro: o futebol.   


A melhor resposta do presidente Lula, para carimbar a cara, foi ressaltar em discurso que “considera babaquice a construção de linhas de metrô que atendam a estádios de futebol”. O que acontece com o país do futebol é triste. Infelizmente a Copa foi engendrada como um evento político. Tudo foi feito às pressas.

sábado, 17 de maio de 2014

Entrevista: Geraldo Magela - PT



 Geraldo Magela - PT
“Nós temos a obrigação de pensar em melhorias para toda a região metropolitana”

Pré-candidato ao Senado Federal, deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) responde polêmicas envolvendo a Secretaria de Habitação do Distrito Federal e se posiciona sobre a gestão atual do governo Agnelo.
Por Fernanda Queiroz e Hícaro Teixeira

Indicado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) como um dos parlamentares mais atuantes, o deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) completa este ano 35 anos de vida pública. E em seu terceiro mandato como deputado, eleito com 86 mil votos, acumula experiências como deputado distrital e secretário de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano. Magela foi membro do grupo de criação da Lei Orgânica na Câmara Legislativa, relator geral do Orçamento da União na Câmara dos Deputados, e em 2010 assumiu a PPCUB na Sedhab, principal plano de preservação de Brasília, exigida pela Unesco. “As principais propostas vão surgir do debate que eu vou fazer com a sociedade”. Ao Cotidiano Blog, o pré-candidato apresenta suas ideias para as eleições, comentando a gestão do PT no DF e analisa casos polêmicos da capital e do Brasil. 
Foto: Blog do Magela


Cotidiano – De que forma o trabalho no Senado pode garantir melhorias no DF?
Magela - O papel do Senador é sobretudo representar a população do seu estado. No caso do DF nós temos obrigação de buscar recursos para melhorar os serviços públicos e para melhorar a condição de vida, especialmente para fazer melhorias que sejam estruturantes não apenas para o DF mas para toda região metropolitana envolvendo os estados de Minas Gerais (MG) e de Goiás (GO).

Cotidiano – O que você destacaria que seja de extrema importância para melhorar em Brasília. Com o seu trabalho no Senado será possível?

Magela – Eu considero que nós vamos ter que buscar recursos para a melhoria da saúde pública, que é uma demanda da população. Vamos olhar com muita atenção para a questão da segurança pública. E, por fim, ajudar no processo de melhoria dos salários dos trabalhadores da educação e dos servidores públicos de um modo geral.

Cotidiano – Quais são suas principais propostas para a eleição deste ano?

Magela - As principais propostas vão surgir do debate que eu vou fazer com a sociedade. Eu tenho as minhas teses e as ideias do meu partido, mas eu quero ouvir muito a população. Nós temos assuntos que são latentes neste momento como, por exemplo, o debate que é feito sobre segurança pública. Além disso, vou defender teses das quais eu já trabalho, como o de estabelecer no Brasil o voto facultativo para toda a população. Eu diria que as bandeiras da educação, segurança pública e voto facultativo constarão de qualquer forma na minha plataforma de campanha, mas o conjunto da plataforma vai depender do que nós ouvirmos da população.

Cotidiano – Que balanço o sr. faz do seu mandato como deputado federal?

Magela – Eu considero que os mandatos que exerci de deputado foram de sucesso. Eu consegui aprovar algumas leis, o que é raro no parlamento brasileiro. Destaco como uma lei importante a que garante a gratuidade no registro de nascimento e a lei que diferenciou a pichação do grafite. Destaco também o trabalho que exerci como relator geral do orçamento da União no ano de 2009 que foi reconhecido como um trabalho muito sério e de bons resultados para o País. O que eu ainda vejo como necessidade de trabalhar é reforma política, uma exigência da sociedade. Eu sempre defendi o financiamento público e exclusivo de campanha, sempre defendi o voto facultativo, e são temas que ainda não foram abordados no Congresso Nacional e que nós vamos ter que discutir.

Cotidiano - A última pesquisa do CNI-Ibope avaliou o governador Agnelo Queiroz como o segundo pior do País. Apenas 9% dos brasilienses avaliaram como positiva a atual gestão do DF. Qual é sua opinião desse resultado?

Magela - O governo Agnelo é um bom governo, ele é melhor do que parece ser, porque houve alguns equívocos em certos momentos de divulgação. Na verdade o governo teve que passar dois anos cumprindo um compromisso que não era do GDF - era do Brasil com exterior por causa do estádio. A população já está avaliando diferente. Todos vêem que o nosso governo é sério.     

Cotidiano - Não houve nenhuma discussão dentro do PT para colocar outro candidato para concorrer na capital federal?

Magela - Não. O PT não quer mudar o candidato porque avalia que o governo vai bem. O que existe hoje no governo é aquilo que qualquer outro faria. O conteúdo do governo é muito bom, então não houve ninguém que se propusesse ou que fosse apresentado para disputar a vaga de governo.

Cotidiano - O seu nome não foi mencionado nenhuma vez? O sr. já concorreu contra o Roriz...

Magela - Meu nome sempre foi lembrado dentro do PT para vários cargos, mas sempre deixei claro que a nossa posição era de não disputar a vaga do governo e que a nossa intenção é o Senado.

Cotidiano - Nas BRs existem outdoors com a propaganda da revista Urbana UP, e o sr. é a capa dela (está com camisa vermelha, inclusive). Essa propaganda não estaria driblando a legislação eleitoral, que só deixa fazer anúncios a partir do dia 5 de julho?

Magela - Evidentemente que não. Se houvesse essa interpretação o Ministério Público teria acionado a Justiça para retirar os outdoors. O atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral [José Dias Toffoli], deixa claro que propaganda antecipada é quando se pede voto. Mas na revista Urbana UP foi uma capa que deram pra mim, e isso é um orgulho - mas é uma notícia. A matéria é especificamente abordando a inserção da mulher seja como beneficiária ou como trabalhadora. Na nossa política temos muitas propostas que beneficiam as mulheres, e isso é informação livre.

Cotidiano - Quais serão as alterações nas planilhas e mapas do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) ?

Magela - O PPCUB é um plano de preservação exigido pela Unesco, portanto, esse plano está atrasado há 26 anos, ele já deveria existir desde o momento que Brasília se declarou como patrimônio cultural da humanidade. Somente agora que avançamos. Muita gente falou coisas sem ter conhecimento algum - e muita besteira. Teve gente que falava de urbanismo e na verdade o fundo era econômico.

Cotidiano - Especialistas, arquitetos e urbanistas são contra a aprovação o Plano de Presenvação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) como está, pois alteram as planilhas e mapas, além de prever uma nova cidade atrás da antiga rodoferroviária. O que você acha dessas opiniões e qual sua posição sobre a construção dessa “nova cidade”?

Magela -  Isso é desinformação dos arquitetos, que inclusive uns são pagos pra dizer isso. O PPCUB é um plano de preservação exigido pela Unesco e esse plano está atrasado há 26 anos, desde que Brasília foi declarada como patrimônio cultural da humanidade. Somente agora que avançamos e ele está em discussão há quatro anos. Muita gente falou coisas sem ter conhecimento algum - e muita besteira, inclusive falavam de urbanismo, quando na verdade o fundo era econômico, representando interesses de empresários que são contra o Plano. O mais importante a se dizer é que a diretora-presidente do Iphan [Jurema Machado] escreveu que o PPCUB está de acordo com aquilo que o Instituto aponta como positivo. O PDOT já estabelece que a área atrás da rodoferroviária é urbana. E como o PPCUB estabelece o entorno da área que é tombada, isso não cria nada novo, apenas explica o que fazer com a área.

Cotidiano - Sobre a copa, o que ficará de herança do mundial em Brasília, especificamente?

Magela – A copa vai deixar para Brasília vários legados positivos. O primeiro é o Estádio Nacional, um dos mais belos e mais funcionais do mundo. Servirá para Brasília tanto em grandes espetáculos esportivos, como culturais. Neste um ano de funcionamento ele [Estádio] já recebeu um número de frequentadores que é maior do que toda a soma dos 50 anos anteriores. Além disso, nós vamos ter um dos melhores e maiores aeroportos do Brasil e, provavelmente, um dos mais modernos do mundo. E, claro, as grandes obras de mobilidade que vão garantir acesso ao centro da cidade com mais qualidade.

Cotidiano - Temos visto um fenômeno de "justiça com as próprias mãos". Ao que você atribui esses casos?

Magela – Eu vejo isso como consequência da sensação de impunidade da população. A sociedade tem uma percepção de que a justiça além de lenta, é ineficaz. Isso é problema da lei? Não. É uma interpretação equivocada da lei porque, qualquer criminoso perigoso pode responder preso. Agora essa sensação leva as pessoas a querer fazer “justiça com as próprias mãos”, o que é um equívoco, um erro. O que nós precisamos dar a justiça são condições para que seja eficaz e rápida. Isso certamente pode ajudar a diminuir essa sensação de impunidade e naturalmente impedir que as pessoas busquem fazer “justiça com as próprias mãos”.