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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

DENÚNCIA: O PRESIDENTE DO SINDICATO DOS MÚSICOS NÃO PAGA O CACHÊ DOS MÚSICOS E AINDA COBRA PARA ELES TOCAREM EM SEUS EVENTOS




Por Hícaro Teixeira

O presidente é acusado pelos músicos de cobrar taxas para  participarem de festivais prometendo cachês de 2mil a 15mil reais. Todos esses fatos passaram a ser registrados em novembro de 2012, após ele criar o evento Rock Sim! Drogas Não.
O evento ocorreu no Recanto das Emas, cidade satélite do Distrito Federal. Diones alugou uma empresa de equipamentos chamada WILL SONS. Sua estratégia era enganar músicos dizendo que o evento era do GDF


“Estamos indignados pela situação. Deu muito prejuízo depois que perdemos esse dinheiro, pagamos 500 reais para tocarmos no evento. Portanto, isso nos causou estresses financeiros e psicológicos”, declara João Robatini, vocalista da banda Casacasta.



O blog COTIDIANO teve acesso ao documento do Ministério Público do Trabalho (MPT) que comprova que Diones assinara em 2011, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), pelo procurador do Trabalho, Joaquim Rodrigues Nascimento, comprometendo-se a não representar qualquer artista ou profissional do setor artístico perante a qualquer órgão público ou empresa privada, cuja contratação tenha por objeto a apresentação em shows ou de qualquer outro evento, portanto, descumprindo esse acordo será aplicada uma multa no valor de e R$30.000,00 (trinta mil reais) ao SindiMus e R$10.000,00 ao presidente.



Homem ungido de Deus, terno e gravata, bíblia debaixo do braço, e frases cristãs –, uma de suas primeiras estratégias e estética para “tentar” enganar músicos em seu perfil na rede social Facebook. “Sou honesto e tô ajudando a galera a entrar no mercado que era só de poucos e ainda tão reclamando, mas a gente prova com atitudes e quem falou mal vai se arrepender. Fique firme e confie”.


No dia 7 de setembro em 2010, foi realizado um show na Granja do Torto, na qual quatro bandas foram contratadas. O acordo era todas as bandas tocar durante 40 minutos e receber cachê de R$ 1mil, mas Diones não cumpriu.


O músico Engels Espirito, entrou com ação no Tribunal de Justiça do DF (TJDF), e o órgão condenou o Sindmus a pagar o valor de R$ 5 mil a Engels. O valor se refere ao dinheiro custeado por ele com correções de juros.
 


“É um absurdo um sindicato que deveria beneficiar, proteger e promover a classe musical está lesando músicos e artistas”, afirma Engels.



Rock Sim! Drogas Não

Diones afirmou que o projeto estava sendo realizado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal (SEJUS) e pela
Secretaria de Fazenda do Distrito Federal (SEFAZ).

O blog Cotidiano procurou a SEJUS, e por meio da assessoria de comunicação social, foi esclarecido que a Secretaria “jamais patrocinou - ou se envolveu de alguma outra forma
- qualquer evento nessa data e/ou nesse local. A Secretaria de Justiça lamenta pelo prejuízo dos profissionais que se apresentaram com boa-fé, mas repudia a má intenção dos organizadores de envolver o nome desta Secretaria, e até mesmo usar um tema tão sério, para lesar o público”.

A SEFAZ enviou uma nota por meio de sua assessoria de comunicação. “
A Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, por meio da assessoria de comunicação social, informa que jamais recebeu qualquer pedido de patrocínio, oficial ou não, oriundo do Sindicato dos Músicos do DF ou partindo do Sr. Diones Aguiar Paniago para a realização de show ou evento no Recanto das Emas”. 


O Sindimus

Em 2010, o jornal Correio Braziliense publicou que o Sindimus foi alvo de uma investigação da Polícia Civil sobre irregularidades em shows patrocinados por administrações regionais. A Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap) deflagrou a Operação Bragi – referência ao deus nórdico protetor dos músicos e trovadores. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas do Diones, e do vice, Carlos Alberto Neves da Silva. Foram apreendidos documentos e computadores.

De acordo com a Decap, o sindicato teve faturamento de R$ 1.882.600 em 2009. No primeiro semestre deste ano, o valor chega a R$ 780 mil. Ainda segundo a polícia, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-DF) informou que a entidade não tem cadastro ativo.