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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Entrevista: “Estou pronto para executar” - Izalci Lucas - PSDB

Izalci Lucas - PSDB
ESTOU PRONTO PARA EXECUTAR

Izalci Lucas eleva o tom das críticas ao governo Agnelo e diz que pretende fazer uma revolução na educação no Distrito Federal


Por Hícaro Teixeira


O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) foi eleito o melhor parlamentar no Distrito Federal e o quinto melhor do Brasil, segundo a pesquisa publicada pela revista Veja. Nas últimas eleições no DF, recebeu 97.914 de votos. Antes de ingressar na Câmara dos Deputados, como deputado distrital em 2002, apresentou 170 projetos na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Hoje ele é candidato para assumir a cadeira do Palácio do Buritis. "O grande desafio que temos hoje é unir a oposição para que possamos derrotar o PT", afirma Izalci nesta entrevista para o Cotidiano

Foto: William Santana
Foto: William Santana


Cotidiano -  Por que o sr. acredita que pode ser um bom governador?

Izalci - Minha pré candidatura me levou a uma programação: fui deputado distrital e tenho experiência no legislativo local. Também fui secretario de Ciência e Tecnologia no governo do José Roberto Arruda, por dois mandatos. Tenho trabalhado desde 2011 em um planejamento estratégico para o Distrito Federal nos próximos cinquenta anos. Aqui na Câmara dos Deputados fiz meu dever de casa. Mudamos completamente a legislação de ciência e tecnologia da informação, uma área que atuo muito e nós conseguimos mudar a Constituição. Na educação, aprovamos o Plano Nacional de Educação, que tive um papel fundamental nessa aprovação, inclusive, a aprovação dos royalties, que fui autor da emenda que possibilitou a entrada do recurso para educação, porque ia entrar só daqui a 20 anos. Então o meu dever de casa na área de ciência tecnologia e educação foi feito. Estou pronto para Executar.

Cotidiano -  E aquela acusação de um perfil ‘fake’ no facebook, que apontava um projeto de lei do sr., dizendo que excluiria a matéria de Filosofia e Sociologia do currículo escolar do ensino médio?

Izalci - Na prática é exatamente o contrário. Defendo a Filosofia e Sociologia na educação de um forma ampla. O problema é que hoje temos uma disciplina que não dá a mínima condição de você passar os conteúdos do que tem que ser feito, então é assim: o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende. Então da forma que está não dá. Agora não tem ninguém mais do que eu, aqui, que luta por uma educação integral e tempo integral. Vamos ampliar muito a carga horária. O ideal é que o aluno fique pelo menos umas 10 horas nas escola. E, aí, com certeza você vai ampliar mais a questão da Filosofia e Sociologia. No Brasil como um todo, temos que trabalhar a Filosofia e Sociologia igual a todos os conteúdos, de uma forma diversificada. A minha defesa é nesse sentido de ampliar. Sempre apresentamos uma proposta. Nenhum projeto entra nessa casa sem um aperfeiçoamento.  É uma proposta inicial que os sociólogos, filósofos e educadores poderão entrar para contribuir pra melhoria do projeto, e criticar também.

Cotidiano - Então o seu forte é a educação, ciência e tecnologia?

Izalci - Evidente os grandes problemas… saúde, transporte e segurança que está um caos em Brasília. Não dá pra você investir só em educação. Sabemos que a educação é a solução pra todos os problemas - e não de curto prazo - mas longo. Queremos fazer uma grande revolução em Brasília na educação integral, valorizando os professores, criando o projeto da faculdade de educação em Brasília, mudando o sistema de concurso para professor e policiais e médicos. Hoje muitos são aprovados nesses concursos e depois não têm a mínima vocação para aquela coisa. Não adianta aprovar um candidato em um concurso que não tenha conhecimento na área pública, por exemplo, sem perfil de ser policial. Não adianta você selecionar um professor que não tenha capacidade de transmitir os conhecimentos para os alunos. Temos que ter um critério diferente de seleção, seja na área de saúde ou educação.

Cotidiano - A população do DF está cansada de politicagem. Ninguém aguenta mais discursos políticos. O sr. pretende fazer diferente?

Izalci - Nessa semana iremos começar as reuniões nas cidades. Vamos fazer um debate primeiro em Taguatinga, Guará e Águas Claras. Tem toda uma tabela. Vejo que a população nas próximas eleições não estarão votando em nomes ou em propostas assinadas e, principalmente, em promessas mirabolantes. O que pretendo é apresentar um projeto. Qual é o projeto que temos pra Brasília? Desde 2011, trabalho no movimento Brasília 100 anos, que é um planejamento estratégico pra cidade nos próximos 50 anos. O que era azul pintou de vermelho, como se fosse resolver os problemas. Queremos garantir um governo de unidade. Hoje cada secretaria é um partido diferente, sem integração. Parece que não é o mesmo governo. O que falta em Brasília é gestão.


Cotidiano - O governador Agnelo Queiroz (PT-DF) demonstrou para a população que trocou todas as empresas de ônibus. Ele diz que acabou com os cartéis no Distrito Federal. Qual é a sua visão?

Izalci - Todo o processo foi feito de uma forma irregular e fraudulenta. E quem diz  isso não sou eu não… É o processo judicial. E depois foi comprovado que quem elaborou o edital, foi uma pessoa que trabalha para as empresas, ou seja, tudo montado. Depois fizeram essas intervenções. Nós que moramos em Brasília sabemos que esse silêncio das empresasque sofreram intervenção é uma demostração claríssima que foi feito um acordo. Se fosse uma cena real, esse pessoal estaria gritando e xingando na televisão e na Justiça. O mais grave foi o subterfúgio utilizado pelo governo de contrariar um decisão judicial, que proibia passar recursos públicos para as empresas privadas. Houve uma incompetência muito forte. O governador está há 2 anos no poder e não consegue organizar isso, no tempo hábil de forma.

Cotidiano - Nossa saúde está um caos. Qual é o seu projeto para organizar?

Izalci - Na saúde o que falta é gestão, mas não é simplesmente falar. Você tem que mostrar. Pra você manter os médicos trabalhando corretamente  com dedicação, a primeira coisa que você tem que fazer é um belo plano de cargos valorizando mais o profissional, mas colocando dedicação exclusiva que é fundamental. E Segundo: tem que ter de fato um mecanismo de gestão dos equipamentos, medicamentos. Se o governador Agnelo fosse colocado para administrar apenas o hospital do Gama, ele teria dificuldade. Ele não tem perfil de gerente administrador.


Cotidiano -  O sr. acha que o GDF gasta mais com propagandas?

Izalci - Quem dera se morássemos de acordo com que essas propagandas demonstram, não é? Seria maravilhoso. Apresentei um projeto que 80% das propagandas dos governos, não só daqui, mas em todo o país tem que ser colocado de foma institucional  de utilidade pública, ou seja, vai fazer propaganda pra educação, sensibilizando o pai a participar mais na escola, a família  acompanhar o aluno no dever de casa e preservar as escolas. Esse marketing tem ficado numa situação mais difícil para o governo. Nesses dias passou uma reportagem sobre a saúde do Brasil, e deram os hospitais de Brasília como referência. Mostravam cenas no hospital de Taguatinga e o de Base. As pessoas reclamando na fila... Seis meses sem consulta. Não tem medicamento. Depois o intervalo do programa aparece uma propaganda do GDF sobre a saúde - tudo bonito e lindo. Por isso que o Agnelo é um dos governadores mais rejeitados.

Cotidiano - Em 2006, o sr. teve um conflito com a ex vice governadora Maria de Lourdes Abadia do PSDB. E saiu do PSDB indo para o PR, mas o partido se aproximou do Agnelo, e o sr saiu. Retornou para o PSDB. Conte-me mais…

Izalci - Eu era líder da oposição aqui no DF quando a Abadia fazia parte do governo. Então tivemos alguns embates. Mas nada contra. Sou aliado dela desde 1998, quando lancei a primeira candidatura para ser deputado distrital.

Cotidiano - Qual é a diferença do governo Arruda e o Agnelo?

Izalci - Não tem como comparar, né? O Arruda é uma pessoa trabalhadora. Tem conteúdo e, além do mais, conhece muito a administração. Ele trabalhava de manhã, de tarde e a noite. Trabalhávamos até no domingo, quando eu era secretario. Esse governo não. A maioria das vezes ele está viajando, tirando férias…

Cotidiano - E o mensalão do DEM?

Izalci - Acho que teve algumas dificuldades de gestão do governo. Fruto inclusive da câmara, porque pra você governar, precisa ter uma relação com a Câmara. E você vê a relação hoje, o que tá acontecendo. Existem mecânismos que são feitos para cooptar a base da Câmara, por exemplo, o show do Amado Batista. Temos também problemas com cargos comissionados.

Cotidiano - E sua opinião em relação ao presidente do PSDB, Aécio Neves?

Izalci - Aécio mostrou para Minas Gerais que ele é capaz de governar bem, com ética e eficiência. Ele valoriza muito a militocracia, ou seja, resultado. Então, ele é o governante ideal pra governar o Brasil, pois o nosso país hoje não tem planejamento.

Cotidiano - A deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS-DF) se pré-candidatou para disputar o governo do DF. O que o sr. acha?

Izalci -
Vamos tentar convencê-la a ser candidata no Senado. Estamos conversando. O grande desafio que temos hoje é unir a oposição para que possamos derrotar o PT. O que a sociedade mais quer é tirar o governo PT do poder. Precisamos estar unidos para tirarmos. Estamos buscando um entendimento com o Roriz, Arruda, Eliana, Fraga e Jofran… Para que de fato possamos unir a oposição e tirar os petistas.  

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Gestão Dilma gastou R$ 188 milhões em 2013 com cargos de confiança

Por Hícaro Teixeira

O governo Dilma Rousseff gastou no ano passado R$ 188.557.211,73 milhões de reais em cargos de confiança - os chamados DAS (Direção e Assessoramento Superior). Um aumento de 89% em despesas públicas. No Poder Executivo, o número de cargos chega a 22.495. O governo justifica que estas vagas são ocupadas por servidores públicos de carreira.

Com relação ao primeiro ano da gestão do PT, o número de cargos subiu de 22.103 para 22.465. Em 2011, no primeiro mandato da presidente eram 22.103 cargos com o gasto de R$ 100 milhões. De 2011 a 2013 o calculo total de gastos na gestão de Dilma é de R$ 561 milhões.

O governo federal alega que há um esforço de profissionalização para o preenchimento das DAS, e que mais 70% são ocupados por servidores públicos de carreira. Os cargos de confiança, são vagas em comissão, destinados na administração pública para técnicos com experiência na implementação de políticas públicas. 

Se comparados ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997, eram 17.607 cargos e no final de seu mandato em 2002 o número chegou a 18.374, com o total de gastos de 35.469,4 bilhões. Já com a chegada do governo do Partido dos Trabalhadores (PT) no poder, em 2003, Lula diminuiu para 17.559. Mas a partir de 2004 os cargos aumentaram para 19.083. Em 2010 o total de gastos estava em R$ 92 bilhões com 21.870 cargos.

O governo federal possui 39 ministros - um dos principais questionamentos feito por partidos da oposição. A cúpula do PMDB pressiona o Palácio do Planalto para reduzir o número de ministérios pela metade. 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Lúcifer passou mal no Carandiru. Por Hícaro Teixeira

Por Hícaro Teixeira

"Já ouviu falar de Lúcifer? Que veio do inferno com moral. Um dia... no Carandiru, não... ele é só mais um, comendo rango azedo com pneumonia", É o que diz a letra do vocalista do Racionais MC'S, Mano Brown, na música 'Diário de um Detento' - escrita em outubro de 1992.


Em outubro 2013, quem continuou escrevendo a letra foi a jornalista Cynara Menezes, em uma reportagem especial na revista Carta Capital. Ela relatou as condições subumanas dos presos nos presídios brasileiros; mostrou também a preocupação do Estado, que diz ser Democrático de Direito, e como sempre: a corrupção entre políticos e empresários.

Segundo a reportagem, uma parte das empresas que fornecem marmitas, contratadas através do processo de licitação do governo, "nem sequer paga funcionários, pois os presos trabalham na cozinha dos presídios e, além do mais, cobra do poder público pelas refeições fornecidas preços até duas vezes superiores aos praticados do lado de fora".

Essas denúncias ocorrem no governo PSDB, em Minas Gerais - gestão do Antonio Anastasia; no governo Agnelo Queiroz, do PT-DF; no Acre também PT, e Espirito Santo - PSB. Ah! E principalmente no maranhão, pela família Sarney, do PMDB.

"O ser humano é descartável no Brasil. Como modess usado ou bombril. Cadeia? Claro que o sistema não quis. Esconde o que a novela não diz", conta a letra do Racionais.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Anastasia investe 1,7 bilhões nos salários dos servidores da educação em MG

Por Hícaro Teixeira  

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB-MG), aumenta o salário dos servidores da educação. Cerca de 1,7 bilhão está sendo investido. A lei foi sancionada por Anastasia nesta quinta-feira (02) e aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Ela estabelece a política remuneratória e um reajuste de 5% para todos os servidores.

“Estamos honrando compromissos com os profissionais da educação em Minas Gerais, pagando o reajuste de 5%, antecipando uma parcela relativa à progressão horizontal prevista para 2016, e, ao mesmo tempo, fazendo o pagamento de mais uma parcela de posicionamento da nova estrutura remuneratória”, ressalta Anastasia.


Anastasia também esclareceu em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ano passado, que não pretende se candidatar para a disputar o governo de MG, e sim, o Senado.


ResultadosAno passado, segundo o governador, MG conseguiu resultados expressivos na área de educação, como desempenho na Olimpíada de Matemática. De acordo com ele, o Estado conquistou o maior número de ouros e também o 1º lugar no ranking total de medalhas.

“Em todos os testes e indicadores, Minas Gerais tem uma posição de destaque, graças ao trabalho conjunto da nossa comunidade escolar, professores, pais, servidores, alunos, o envolvimento das famílias e a participação ativa do nosso Governo. Há investimentos expressivos em todo o sistema educacional de nosso Estado para manter Minas Gerais no topo do ranking da educação no Brasil.”, afirma Anastasia.