Páginas

sábado, 7 de junho de 2014

O poder da mentira

Análise/Opinião
Por Hícaro Teixeira


As pessoas estão jogando da forma mais baixa nesse ano eleitoral. Fico impressionado, a cada dia, com associação da imagem do Aécio Neves com a cocaína. Quem repete e compartilha essa história mostra que perdeu o freio, e principalmente, o bom senso. 


Aécio em uma festa com a filha
No entanto, isso não serve só para o Aécio: já disseram que a presidente Dilma Rousseff "usa cueca" - e vários outras histórias. Essas calúnias criam um marketing negativo em cima da pessoa, que é difícil de desgrudar lá na frente, pois a imprensa passa a repetir isso constantemente, a ponto de desgastar a imagem da pessoa.

O que me impressiona é ver profissionais - que tem anos de experiência na minha frente, de vida e profissão, compartilhar isso, sem ter uma prova sequer. Observo muitos compartilhando links sem checar a informação, que vem de "blogs sujos" (de direita e esquerda) que criam histórias bizarras. Portanto, a melhor dica é observar quem escreve. Faça uma pesquisa sobre o nome do autor... Veja se ele tem provas (documentos: imagens, fotos, vídeos, áudio, laudos, exames ou até comprovação por parte Polícia Federal). 


Caros, a informação de um jornalista nunca comprova nada, muitos acham que só o fato do profissional publicar num jornal, é algo concreto. Hoje a falta de ética no jornalismo destrói muitas reputações. Lembre-se: até o William Bonner erra. Já vi ex-professores postando links bizarros - acredite -  e para uma pessoa tornar-se professor é necessário estudar anos num mestrado.  


Aécio durante uma entrevista à imprensa. O blog Diário do Mundo
publicou uma falsa notícia de que ele estaria bêbado na imagem.  
Na última segunda-feira, no Roda Vida, programa de entrevistas da TV Cultura, assisti o candidato Aécio Neves,  e um jornalista muito importante do jornal Folha de S.Paulo, que respeito e acompanho muito, questionou Aécio sobre o uso da maconha na adolescência. Não sei se o objetivo do jornalista foi construir uma ponte para que a pergunta do outro colega da revista Piauí caminhasse em cima - com o objetivo de dar a oportunidade de ser questionado a tal história "da cocaína". Depois o jornalista da revista insistiu muito nesse ponto, afim de desgastar o candidato. 

Um dos objetivos do marketing também é aproveitar a imagem de "político jovem" do Aécio e associar como "o cara das baladas em Leblon" ou "o jovem cheirador". Isso é baixo. Até histórias de que ele teve "overdose" aparecem nesses blogs.

E aí a gente coloca um exemplo: vem um jornalista e questiona a Dilma, no meio do programa, se ela é homossexual. Poxa, por favor, né? Isso não é desnecessário? 

A mentira chega num nível tão elevado que faz as pessoas comentarem o seguinte: "Pra que irei escolher um candidato que dizem que cheira pó? Ele vai pegar o dinheiro público e comprar tudo de pó pra cheirar". E é daí pra pior. O que falta é ter bom senso e compreensão. 

2 comentários: