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terça-feira, 29 de abril de 2014

PSDB se alinhará ao liberalismo, segundo Armínio Fraga

Para Fraga, o PSDB pretende trazer à memória a ideologia mais famosa do partido 



Por Hícaro Teixeira

Escalado pelo candidato à presidência Aécio Neves (PSDB), para ser o futuro ministro da Fazenda,
 Armínio Fraga disse que as privatizações pode ser um modelo econômico ideal para resgatar o Brasil, trazendo à memória a ideologia mais famosa do PSDB. 

“Em vários casos, pode caber privatização. A agenda da infraestrutura é muito ampla – inclui portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, energia, telecomunicações, saneamento. Inclui praticamente tudo da nossa infraestrutura”, ressalta durante uma entrevista para a TV Estadão.

Fraga versa com a opinião do Aécio, entretanto, demonstra que o PSDB é um partido que simpatiza o liberalismo - corrente que adere a não intervenção do Estado sobre a economia, isto é, permitindo a liberdade de mercado.  

Durante a entrevista ele criticou a aproximação do governo federal com lideranças socialistas. “Essa estranha predileção por regimes autoritários como Cuba e outros regimes exóticos não tem trazido nenhum benefício ao Brasil. O país não precisa ter diálogos com a Venezuela, por exemplo”.

Sobre as reformas que podem ser adotadas no governo PSDB, Fraga timidamente elogiou o modelo petista ao afirmar que a reforma trabalhista não é urgente tal como a tributária. 

“O Brasil, bem ou mal, está com o desemprego baixo. Talvez não seja um tema tão urgente quanto o da reforma tributária”, ressaltou Fraga.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Alexandre Padilha indicou executivo para laboratório de doleira, suspeita PF


Relatório da Operação Lava Jato da Polícia Federal sugere que o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, indicou um executivo para o Labogen – controlado pelo doleiro AlbertoYoussef, o Primo – quando o laboratório tentava obter contrato milionário da pasta em 2013.
O documento mostra ainda que Youssef, preso desde 17 de março de 2014, mantinha contatos com outros deputados do PT, além de André Vargas (PT-PR).
A PF suspeita que o doleiro se encontrou com Vargas no apartamento funcional do ex-líder do governo na Câmara Cândido Vaccarezza (PT-SP), em Brasília. Também teria enviado um emissário para participar de reunião com Vicente Cândido (PT-SP), em São Bernardo do Campo, no Grande ABC.
O relatório de 80 páginas, da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin) da PF, indica que no período de 19 de setembro de 2013 a 12 de março de 2014, Youssef e Vargas trocaram 270 mensagens pelo aplicativo Black Berry Messenger.
Eles se tratam por “irmão” e se despedem com “beijo”. Para a PF, esse tratamento “indica que a relação não era superficial”.
Ex-ministro
No trecho relativo ao ex-ministro da Saúde, a PF captou diálogos entre Youssef e Vargas – este chama Padilha de “Pad”. No dia 26 de novembro de 2013, Vargas pede ao doleiro que reserve a melhor suíte de um hotel – Blue Tree – que pertence a Youssef, segundo a PF. O deputado diz que falou com o “PAD”. “Ele vai marcar uma agenda comigo”, diz Vargas. O doleiro responde: “ótimo”. E elogia a atitude do deputado. “Precisamos estar presentes.”
A PF diz que o Labogen – com folha de pessoal de apenas R$ 28 mil – planejava arrecadar R$ 150 milhões com o negócio na Saúde, fornecimento de remédio para hipertenso. O contrato não chegou a ser assinado e, segundo o ministério, nenhum pagamento foi feito.
Indicado
O executivo que teria sido indicado por Padilha para os quadros do Labogen é Marcus Cezar Ferreira de Moura. Ele havia trabalhado no Ministério da Saúde entre 26 de maio e 1.º de agosto de 2011. Foi assessor da coordenação de eventos na gestão de Padilha.

O ex-ministro não caiu na malha de grampos da PF e nem é investigado, mas a investigação chegou a juntar aos autos da Lava Jato até uma fotografia de Padilha em um evento. “As evidências indicam que Vargas tinha interesse no processo de contratação do Labogen junto ao Ministério da Saúde”, sustenta a PF.
O alvo das interceptações era o doleiro. Todos os que com ele conversaram, por telefone ou por mensagens, acabaram grampeados indiretamente. Em 27 de novembro de 2013, Youssef foi avisado por Vargas que “achou o executivo” com experiência que seria colocado à frente do Labogen, um nome que não despertasse suspeitas com relação aos contratos da pasta. No dia seguinte, o petista diz ao doleiro amigo que foi Padilha quem indicou o profissional. Para a PF, “existem indícios que os envolvidos tinham grande preocupação em colocar à frente da Labogen alguém que não levantasse suspeitas das autoridades fiscalizadoras”.
Em um contato, o doleiro e o deputado comemoram a possibilidade do negócio. “Estamos mais fortes agora”, diz Vargas. “Você vai ver o quanto isso vai valer, tua independência financeira. E nossa também, é claro”, responde o doleiro. Vargas ri.
No dia 7 de março de 2014, Vargas tenta viabilizar reunião com Youssef, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o “PP” – ex-ministro do governo Fernando Collor (1990-1992) –, e o executivo supostamente recomendado por Padilha. O encontro foi marcado para dali a 3 dias.
Deputados

No dia 25 de setembro de 2013 o doleiro avisa Vargas que acabou de chegar em Brasília, acompanhado de “PP”, diretor da GPI Participações, sócia oculta do Labogen, segundo a PF. “Achei que você estivesse aqui na casa do Vaccarezza”, diz o doleiro. “Os indícios apontam que o alvo Alberto Youssef mantinha relações com o deputado federal Candido Vaccarezza”, sustenta a PF.
A citação ao deputado Vicente Cândido surgiu em diálogo de 20 de setembro de 2013, entre o doleiro e Vargas. Este cobra de Youssef informações sobre “os demais assuntos” e menciona “Vicente Cândido”.
O doleiro informa que com relação a “Vicente, nada”. E avisa Vargas que precisa “captar” – para a PF, “possivelmente referindo-se à falta de capital de giro para efetuar suas atividades”. Vargas sugere o nome de João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, da Quality Holding Participações, controlada pelo doleiro – este diz que Prado “esteve com Vicente Candido em alguns lugares”, como São Bernardo do Campo, “mas que não andou”. Vargas responde que “vai atuar”.
A ligação entre Youssef e Vargas é rotineira. Para a PF, Vargas servia ao doleiro, a ponto certa vez até de fazer conexão de voo em São Paulo para atender a pedido de Youssef. No dia 12 de março de 2014, o doleiro diz ao deputado que “deixou os óculos de grau” na casa dele. Vargas pergunta onde Youssef está e ele responde “em São Paulo”. Para não deixar o amigo na mão, o deputado, em trânsito, pousa em São Paulo e entrega os óculos de Youssef.

(Por Fausto Macedo e Andreza Matais)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Rosa Weber determina instalação da CPI da Petrobras


Por Hícaro Teixeira

BRASÍLIA 23/04/2014 - A instalação da CPI da Petrobras no Senado foi determinada na noite desta quarta-feira (23) pela ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber. A CPI será exclusiva para investigar irregularidades na estatal, que inclui a compra da refinaria de Pasadena, no Texas - e também investigarão pagamentos de propina à funcionários. 


Rosa Weber atendeu o pedido da oposição, que quer ter o direito garantido de uma comissão específica para investigar denúncias sobre a estatal, porém, a decisão da ministra é provisória e valerá até a decisão do plenário no STF. 

“Defiro em parte a liminar, sem prejuízo, por óbvio, da definição, no momento oportuno, pelo Plenário desta Suprema Corte”, disse 

Governistas também foram ao Supremo para tentar assegurar uma CPI ampliada, que incluísse investigações de obras sob suspeita em estados governados pela oposição - mas a ministra rejeitou esse pedido.

Rosa Weber estipulou que a comissão não tenha “objeto alargado”, conforme queriam os governistas, mas sim “objeto restrito”, como pediu a oposição. Os senadores governistas ainda podem recorrer ao plenário do STF.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Democracia X Autoritarismo

Por Hícaro Teixeira

A oposição brasileira pisou mais uma vez no governo brasileiro e no venezuelano, trazendo a deputada federal venezuelana Maria Corina. O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) a recebeu. María teve seu mandato cassado após fazer oposição ao governo de Nicolás Maduro.

O governo brasileiro tem demonstrado um comportamento atípico, quando se trata do repúdio dos venezuelanos contra Maduro. O presidente do PT, Rui Falcão, quando foi à Caracas, disse que o governo Dilma apoia Maduro.

Mais rastros

No dia 21 de março, em Washington (EUA), o Brasil votou contra a participação da María Corina Machado na sessão do Conselho Permanente da Organização (OEA).

María queria fazer com que o órgão conhecesse a fundo a crise democrática na Venezuela, mas lá está aparelhado também - pois a sessão fora encerrada

Por ela ter ido na OEA, Maduro ordenou o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, destituir María. "Ela não vai entrar. Não é mais deputada", disse Cabello na Assembléia.

O mundo da fantasia

Artigo/Opinião - Hícaro Teixeira

A maquiagem feita durante os 3 anos do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) apagou. A taxa básica de juros da economia brasileira subiu nesta quarta-feira (02), de 10,75% para 11% ao ano – uma alta de 0,25 ponto percentual. 

No início do mandato da presidente em 2011, os juros estavam em 10,75%. Ou seja, a taxa atual de 11% aumentou muito mais do que era antes.

Esta foi uma das promessas feita por Dilma para estimular o consumo – mas isso foi apenas para dar uma trégua aos consumidores adquirirem créditos – que segundo especialistas, não adiantou de nada, pois tudo voltou a ser o que era antes.

Outra maquiagem feita por Dilma, para enganar os brasileiros, foi a redução das contas de energia em 20% - que acabou sendo desastrosa. O governo cortou as remunerações das empresas ao invés de reduzir os impostos. Empresas como a Cemig e Cesp reclamaram do corte, pois não tiveram o retorno dos investimentos.

O imortal ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, em entrevista ao Wall Street Journal, admitiu, a hipótese do governo lançar uma campanha para incentivar a população a reduzir o consumo de energia elétrica. Segundo o ministro, a ideia é garantir energia na Copa do Mundo. Ele também culpa São Pedro por não mandar chuva, dizendo que “se as chuvas não aumentarem em abril ou maio, os reservatórios das hidrelétricas podem ficar comprometidos”.

A revista EXAME publicou uma reportagem mostrando que o Operador Nacional de Sistema (ONS), órgão que administra todo os setor elétrico, está com seus programas de controle desatualizados, o que distorce os cálculos de energia disponível. Nesse caso a ONS leva o governo a ter previsões otimista do caso.