Por Hícaro Teixeira
O jeito de “fazer
política de forma diferente” apresentada pelo o candidato à presidência Eduardo
Campos, não existe. O socialista cai em contradição quando levanta essa ideia em
seu discurso. O candidato critica o PMDB dizendo que o partido está com o pé em
duas canoas: apoiando o PT e PSDB - mas age com as mesmas práticas políticas.
No Rio de Janeiro, Romário, do PSB, apoiará o petista Lindeberg Farias, que será candidato ao governo no estado. Em São Paulo, o PSB vai subir no palanque com o tucano Geraldo Alckmin, que tentará a reeleição. Isto é, na tentativa de costurar alianças, Campos demonstra que o PSB tem os mesmos tentáculos comparando com os peemedebistas.
Foto: Raquel Cunha/Folhapres |
Farias, candidato que o PSB irá apoiar, é condenado por corrupção ativa, formação de
quadrilha e lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A
ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, Elza Elena
Barbosa Araújo, prestou depoimento ao Ministério Público Estadual, alegando que Lindbergh no início de seu mandato, em 2005, teria montado um esquema de
captação de propina entre empresas contratadas pelo município – com o valor que
podia chegar a R$ 500 mil por contrato.
Sobre o governo federal, Campos
demonstra que o rompimento do PSB com o PT, foi apenas um
teatro, e nada passa disso, pois ele afaga Lula. “Se compararmos governo Dilma com Lula vai ver que é algo
completamente diferente. Lula fez muito mais pelo Brasil. Basta perguntar para
qualquer eleitor. Dilma deixou o pais pior do que ela encontrou”, disse
durante sabatina promovida pelo UOL, Folha, com o SBT e a rádio Jovem Pan.
O pessebista ressaltou
que “Lula foi responsável por diversas conquistas
sociais”. Depois, ao ser questionado pelos jornalistas sobre o maior
escândalo de corrupção da história do País, o mensalão petista, Campos esquivou-se
e não fez comentário algum – apenas enrolou.
Depois, Campos
fez um comparativo sobre os casos de corrupção do governo PT e PSDB. “A compra
de votos que ocorreu no durante o governo Fernando Henrique Cardoso para a
reeleição foi um absurdo que aconteceu na história da nossa democracia, tanto
como o mensalão do PT”, comentou.
Até o
momento, na corrida eleitoral, Campos não agiu de forma diferente. Continua com
o mesmo discurso moralista. O maior medo dos eleitores é o PSB apoiar o PT no
segundo turno. Há uma desconfiança grande sobre o candidato, que era cumprir um
papel de opositor – mas ele poupa ataques sobre Lula - e acaba trazendo desconfiança.
Pesquisas de intenção de voto
Entre os três
principais candidatos ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos têm aparecido em
terceiro lugar na última pesquisa realizada pelo Datafolha, com 9%. A presidente Dilma Rousseff (PT) subiu quatro pontos
percentuais, de 34% no mês passado para 38%. O senador Aécio Neves (PSDB-MG)
oscilou de 19% para 20%.
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