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terça-feira, 15 de julho de 2014

Eduardo Campos cai em contradição

Por Hícaro Teixeira

O jeito de “fazer política de forma diferente” apresentada pelo o candidato à presidência Eduardo Campos, não existe. O socialista cai em contradição quando levanta essa ideia em seu discurso. O candidato critica o PMDB dizendo que o partido está com o pé em duas canoas: apoiando o PT e PSDB - mas age com as mesmas práticas políticas. 

No Rio de Janeiro, Romário, do PSB,  apoiará o petista Lindeberg Farias, que será candidato ao governo no estado. Em São Paulo, o PSB vai subir no palanque com o tucano Geraldo Alckmin, que tentará a reeleição. Isto é, na tentativa de costurar alianças, Campos demonstra que o PSB tem os mesmos tentáculos comparando com os peemedebistas.

Foto: Raquel Cunha/Folhapres

Farias, candidato que o PSB irá apoiar, é condenado por corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, Elza Elena Barbosa Araújo, prestou depoimento ao Ministério Público Estadual, alegando que Lindbergh no início de seu mandato, em 2005, teria montado um esquema de captação de propina entre empresas contratadas pelo município – com o valor que podia chegar a R$ 500 mil por contrato. 

Sobre o governo federal, Campos demonstra que o rompimento do PSB com o PT, foi apenas um teatro, e nada passa disso, pois ele afaga Lula. “Se compararmos governo Dilma com Lula vai ver que é algo completamente diferente. Lula fez muito mais pelo Brasil. Basta perguntar para qualquer eleitor. Dilma deixou o pais pior do que ela encontrou”, disse durante sabatina promovida pelo UOL, Folha, com o SBT e a rádio Jovem Pan.

O pessebista ressaltou que “Lula foi responsável por diversas conquistas sociais”. Depois, ao ser questionado pelos jornalistas sobre o maior escândalo de corrupção da história do País, o mensalão petista, Campos esquivou-se e não fez comentário algum – apenas enrolou.

Depois, Campos fez um comparativo sobre os casos de corrupção do governo PT e PSDB. “A compra de votos que ocorreu no durante o governo Fernando Henrique Cardoso para a reeleição foi um absurdo que aconteceu na história da nossa democracia, tanto como o mensalão do PT”, comentou.

Até o momento, na corrida eleitoral, Campos não agiu de forma diferente. Continua com o mesmo discurso moralista. O maior medo dos eleitores é o PSB apoiar o PT no segundo turno. Há uma desconfiança grande sobre o candidato, que era cumprir um papel de opositor – mas ele poupa ataques sobre Lula - e acaba trazendo desconfiança.

Pesquisas de intenção de voto

Entre os três principais candidatos ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos têm aparecido em terceiro lugar na última pesquisa realizada pelo Datafolha, com 9%. A presidente Dilma Rousseff (PT) subiu quatro pontos percentuais, de 34% no mês passado para 38%. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) oscilou de 19% para 20%. 

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