Hícaro Teixeira
Do Cotidiano, em Brasília
Infelizmente, o que se pode observar no Brasil é partidos políticos, governadores, deputados, senadores e prefeitos desviando dinheiro público. E, até hoje, a sociedade brasileira não percebeu que nosso país poderia ser uma das maiores potências mundiais se reparasse estas arestas.
O que seria aplicar apenas R$ 200 mil em oito escolas públicas numa cidade? Com essa quantia – com certeza – daria para reformar muitas escolas, além de se investir nos demais setores que carecem e são colocadas de lado na hierarquia de valores. Carteiras novas, piso, computadores, entre diversos materiais necessários para um bom funcionamento.
Segundo a descrição feita pelos magistrados do julgamento mensalão, R$ 78 milhões foi à quantia sugada dos cofres públicos para alimentar o esquema de corrupção. E se essa quantia fosse aplicada na educação, transporte, segurança, cultura e saneamento?
Um dos grandes problemas que ocorre constantemente no país são as obras empacadas: construções realizadas pelo o estado, que, no fundo, são desvios de verbas públicas no Brasil. Técnicos da Controladoria- Geral da União (CGU) apuraram desvios que chegam a R$ 1,8 bilhão, e não só com construções, mas com licitações fraudadas, cobranças indevidas de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e verbas que seriam empregadas em atividades esportivas para crianças carentes. Desde 2002, a CGU passou a consolidar os números, os desvios chegam a 7,7 bilhões.
A Advocacia-Geral da União (AGU) recuperou R$ 330 milhões para os cofres públicos em ações que tramitam na Justiça que envolvem, entre outros, casos de corrupção contra a administração pública. É uma luta válida, mas precisamos recuperar muito mais, inclusive após o julgamento do mensalão.
O Brasil poderia receber a Copa do Mundo de 2014. Mas claro, com o estado cumprindo suas obrigações. E sem sombras de dúvidas, pode ser uma das maiores potências, só basta adquirirmos de volta o que é nosso, isto é, as verbas desviadas. E sem sombra de dúvidas; ia sobrar muito dinheiro após nossos investimentos.
Na raiz da corrupção e do mau uso dos recursos públicos estão duas chagas da vida política brasileira: 1- As velhas relações de compadrio e apadrinhamento onde os interesses individuais, familiares ou corporativos prevalecem sobre os interesses coletivos e 2- O financiamento privado das campanhas eleitorais. Claro que as empresas não doam dinheiro pras campanhas porque acreditam nas propostas dos candidatos. A fatura chega depois, e somos nos que pagamos.
ResponderExcluirO caminha para mudança: escolher e votar com responsabilidade, acompanhar o desempenho dos eleitos, ir pra ruas, participar, protestar. A mudança só vai ocorrer de vier de baixo pra cima, da sociedade pro estado. Se não for assim, teremos a sombra do passado projetando no futuro o fracasso de mais uma geração.
Em tempo: Hícaro e Nestor, parabens pelo Blog
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