Na propaganda eleitoral do PT o partido destaca que se preocupa com a classe média. Será? O partido ultimamente tenta provocar conflitos entre a classe B com a E e D (beneficiada pelos programas de distribuição de renda). Nos últimos anos no Brasil , observa-se que a classe média está voltando para o momento do arrocho.
Roberto Sturcket/Instituto Lula |
Para provar, a luz amarela aponta sobre o comportamento da inflação de serviços: preços altos no alimento (domicílio, restaurante, lanchonete, café da manhã), passagens aéreas, escolas, serviços domésticos, pessoais e planos de saúde. Segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação de serviços voltou a acelerar na passagem de janeiro para fevereiro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com o aumento nos preços de 0,47% para 1,24%. Lembrando que no mesmo período, o IPCA avançou de 0,55% para 0,69%.
Durante a propaganda, o partido também comentou sobre a redução no preço de energia, alegando que reduziram as contas em 20%. Caindo em contradição, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, em entrevista ao Wall Street Journal, admitiu, a hipótese do governo lançar uma campanha para incentivar a população a reduzir o consumo de energia elétrica. Segundo ele, a ideia é garantir energia na Copa do Mundo. Lobão até culpa São Pedro dizendo que “se as chuvas não aumentarem em abril ou maio, os reservatórios das hidrelétricas podem ficar comprometidos”.
A revista EXAME publicou uma reportagem, em abril, mostrando que o Operador Nacional de Sistema (ONS), órgão que administra todo o setor elétrico, está com seus programas de controle desatualizados, o que distorce os cálculos de energia disponível. Nesse caso a ONS leva o governo a ter previsões otimista.
Parece que o PT esqueceu do escândalo bilionário da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, que veio a tona o estranho negócio que causou prejuízo de pelo menos US$ 1 bilhão à Petrobras. Fora os políticos que usam a empresa como moeda barganha.
Investigações
Na propaganda o PT passa a imagem que é só no governo deles que começou as investigações contra casos de corrupção no Brasil. É aquela famosa frase do ex-presidente Lula: “nunca na história desse País”. Dizem que no governo Fernando Henrique Cardoso tudo era engavetado. Os petistas esqueceram do escândalo do mensalão, maior história de corrupção do Brasil, que eles provocaram na esfera federal. Se não fosse a metade dos ministros do Supremo Tribunal Federal, os mensaleiros seriam considerados como heróis do povo, não é atoa que recorrem até hoje nas comissões de direitos humanos para avaliarem as condições do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Dizem que ele reclama muito do local. E os demais presos da Papuda?
É importante registrar sobre os dossiês que o Palácio do Planalto, na era Lula, pediu para a Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) esquentar para incriminar adversários. O caso, inclusive, foi documentado pelo ex-secretário Romeu Tuma Junior, em seu livro Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado. O governo criou histórias contra o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, após ele ter avisado para o presidente Lula sobre a existência da compra de parlamentares no Congresso, isto é, o início do mensalão.
O aparelhamento da Polícia Federal é um caso muito sério também - que passou a se chamar de “polícia-política”. É a velha história dos dossiês, quando eles investigam a vida do adversário tendo acesso a dados, depois vêem que não tem nada para ser revelado.
“Nunca na história desse país” existiu um partido tão desonesto quanto esse que está no poder, a ponto de colocar todos os escândalos de baixo do tapete - assumir que é bom, nada.
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