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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Aécio critica governo Dilma e tenta mostrar proximidade com PSB

Ricardo Della Coletta e Eduardo Bresciani - Estadão Conteúdo

PSDB.ORG
Após reunião com a bancada de seu partido na Câmara, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira, 16, que o PSDB reúne as "melhores condições" para encerrar o período do PT na presidência da República. O senador também afirmou que as posições de Eduardo Campos e Marina Silva são próximas aos ideais de sua sigla.Tido como provável candidato tucano à presidência em 2014, Aécio fez duras críticas à política econômica do governo Dilma e buscou mostrar proximidade com a aliança Campos-Marina.

Na tentativa de se aproximar do discurso do PSB, ele afirmou que "também condena a polarização" da política brasileira entre o PSDB e o PT. "O governo (do PT) sempre apostou nessa polarização, porque com isso gostaria de levar a eleição para o passado, para a discussão de legados", disse Aécio. "O que queremos é falar de futuro. Quem quer continuar falando de passado é o PT", pontuou.

Além disso, o senador mineiro afirmou que seu partido tem condições de retomar um "ciclo de crescimento" para o País. "Um ciclo em que a retomada do crescimento seja uma prioridade e a volta do emprego de qualidade uma obsessão. Foi um momento de convergência do PSDB, sabemos da nossa responsabilidade para com o País", disse Aécio, referindo-se a reunião com a bancada tucana da Câmara dos Deputados.

Perguntado sobre como o PSDB pretende se colocar para a população como a melhor opção entre as forças de oposição, Aécio disse que a sigla "vai mostrar os êxitos da experiência" tucana. "A nossa história é o nosso passaporte", afirmou. "Todos se manifestaram dizendo da necessidade de mostrarmos os êxitos das nossas experiências e a coragem que tivemos lá atrás: ao encerrarmos o ciclo inflacionário, ao construirmos a agenda da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e com a modernização da economia", disse.

Aécio disse ainda que o governo petista gerou um clima de desconfiança dos investidores em relação ao Brasil e criticou o que chamou de "cemitério de obras inacabadas" pelo País. Citando o aumento da previsão de preços da refinaria de Abreu e Lima e da transposição do rio São Francisco, Aécio Neves disse que "o Brasil não pode aceitar o padrão da ineficiência como algo normal". "Um próximo governo vai demonstrar, sobretudo se for do PSDB, o quanto este governo fez mal para o País. O quanto nos tirou na fila de país prioritário para investimentos", concluiu.

Rede.Buscando mostrar proximidade à aliança Campos-Marina, o senador lembrou que o PSDB manteve uma posição clara em favor da criação da Rede, partido que a ex-ministra Marina Silva tentou registrar na Justiça Eleitoral, sem sucesso, e apoiou a candidatura do governador pernambucano. "O PSDB teve uma posição clara em favor da criação da Rede e contra o projeto que inibia a criação de novos partidos", disse. "Sempre estimulamos a candidatura do Eduardo Campos para ampliar o debate. O que queremos é uma discussão plural".


Maria do Rosário, em nota, desmente notícias falsas do blog Joselito Muller

Por Hícaro Teixeira

Ontem o blog do Joselito Muller publicou uma notícia falsa da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário,  dizendo que ela ficou "comovida" ao assistir o vídeo do assaltante que virou viral na internet. A SDH/PR publicou uma nota no site informando que a ministra solicitou à Polícia Federal criteriosa investigação e responsabilização dos autores da notícia mentirosa publicada no blog.


“Sou defensora plena da liberdade de expressão, mas a manipulação é inadmissível” afirmou a ministra em nota.

A ministra também ressaltou que o "policial agiu dentro da lei" e ainda alertou que a internet tem, na mairia das vezes, se tornado uma aliada essencial para a democratização da informação.


Confira a nota pública em: http://www.sdh.gov.br/noticias/2013/outubro/nota-publica-sobre-falsas-declaracoes-atribuidas-a-ministra-maria-do-rosario-1

domingo, 13 de outubro de 2013

O verdadeiro medo do PT. Por Hícaro Teixeira


Preocupado com o susto de Marina Silva e Eduardo Campos semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora diretamente para o Palácio do Planalto reunir-se com a presidente Dilma Rousseff, após ter participado da 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil. Além de Dilma estava na reunião o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, o marqueteiro de Dilma, João Santana; o ministro da Educação, Aloizio Mercadante e o chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo. Durante a reunião que iniciou às 13h, na quinta-feira 10, Lula passou mais de quatro horas ‘maquinando’.  Mercadante demonstrou preocupação. “Esperávamos três candidatos e agora têm dois. Não está claro quem é o candidato em nenhum dos partidos. Há apenas uma tendência hoje em relação a duas outras candidaturas. Podemos ter mudanças ainda, inclusive nessas candidaturas. O foco principal para quem governa é a qualidade do governo. É nisso que estará nossa vitória”, afirmou à imprensa.

A política é que nem uma nuvem: todo segundo há mudanças. Marina e Campos viraram os líderes da oposição. Preciso nem comentar da saída do PSB da base governista que causou insônias, né? Os petistas andam num tremendo desespero; nas redes sociais militantes, sindicalistas e colunistas (CartaCapital) tentam demonizar a imagem dos novos líderes da oposição. A violência também é uma prática comum no meio petista.  

Nesse domingo a revista ISTOÉ publicou uma entrevista com Campos e ele dá o recado. “Somos capazes [Marina e ele] de mudar a qualidade da política no País. A política se degradou. Vivemos uma encruzilhada. Não podemos colocar em risco o que acumulamos nas últimas três décadas, especialmente em termos de democracia, estabilidade econômica e inclusão social”. 

Campos também comentou sobre as velhas práticas da política. “Achar que basta juntar uns partidos para ter tempo de TV, contratar um bom marqueteiro e depois contar os parlamentares, distribuir ministérios entre partidos, sem discutir conteúdo de nada”, disse.  Ele deixa bem claro, que a sociedade necessita de uma telefonia decente, transporte público de qualidade e energia sustentável. Ou seja, Campos está preocupado com o que a rua pautou nas manifestações de junho e julho.  


Waldemir-Barreto-Agência-Senado
O presidente do PSDB, Aécio Neves, precisa ficar ligado também, pois o recado não foi dado apenas para o PT e, sim, para os tucanos. “PSDB e PT já tiveram sua chance de liderar o processo político. Agora é nossa vez”, disse. Aécio precisa preocupar-se com a jogada espetacular de Marina e Campos, pois ele ficou encurralado – não há opções – a não ser que ele queira acreditar no último resultado do Datafolha desse sábado (12/10). Ou a segunda opção: apoiar o PSB. 

Marina nas eleições de 2010 conseguiu 20 milhões de votos, 500 mil assinaturas para o partido que tentava criar, mas como todos sabem, a criação do Rede Sustentabilidade fora barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  E você, caro leitor, sabe muito bem o que estava por traz da decisão do TSE. É notável que os petistas colocaram o dedo. E reafirmo: foi uma agressão à democracia. 

O medo do PT é grande. Como havia dito: Lula está ‘maquinando’ com os demais petistas – lembrando: o marqueteiro estava lá. Pode acontecer tudo durante a corrida eleitoral até 2014. 

Após a divulgação da criação do Rede, em fevereiro, Marina estava em um comitê e o áudio da fala dela fora manipulado dando sentido que apoiava o discurso do pastor e presidente da Comissão de Direitos Humanos  (CDH) , Marco Feliciano (PSC-SP). Para uma pessoa que é evangélica fervorosa, é muito fácil armar essa cilada. Alguns militantes do PT pipocaram as redes sociais de compartilhamento – e interlocutores também. 

Campos e Marina deixaram bem claro que há divergências entre eles, mas os “dois lados terão de ceder um pouco”. E você, acha que ambos não irão fiscalizar um e outro? 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A rejeição do Rede foi uma agressão a democracia. Por Hícaro Teixeira

Em abril, alguns parlamentares do PMDB e PT, com o objetivo de derrubar a criação do Rede Sustentabilidade de Marina Silva e o Solidariedade do deputado Paulinho da Força, criaram um projeto no Congresso impedindo a criação das legendas. 

Paulinho afirmou que teve uma conversa com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O deputado deixou claro que o projeto era inconstitucional. Alves sabia, mas afirmou para o deputado que ia dizer na Câmara que não era.

Com muita revolta, os assessores de Paulinho entregaram a fala de Alves para o advogado do deputado e recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF). Anexaram num protocolo as frases ditas por Alves e passaram para o ministro do STF Gilmar Mendes. Depois de uns dias, o ministro concedeu uma liminar e suspendeu a tramitação do projeto.

A criação do Rede foi alvo de abuso por parte dos cartórios.