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sábado, 27 de abril de 2013

Discurso de Feliciano não agrada todos os deputados pastores da base evangélica

Assessoria de Imprensa/Deputado
Por Hícaro Teixeira

Os deputados federais Roberto de Lucena (PV-SP) e Ronaldo Fonseca (PR-DF), são os únicos da bancada evangélica que não estão de acordo com as declarações feitas pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a respeito dos homossexuais e negros. Lucena, diz que Feliciano foi infeliz em seu posicionamento. “Ele já teve a oportunidade de fazer esclarecimentos dessa questão, e esse não é um posicionamento da bancada evangélica”, afirma.


Para Fonseca, a polêmica de Feliciano não assusta. É apenas uma postura agressiva e defensiva em relação às minorias. “Essa batalha travada no parlamento com reflexos na sociedade faz bem para todos, inclusive, para nós evangélicos que não resumimos nossa luta a uma Comissão de Direitos Humanos”, ressalta.
Hícaro Teixeira/ Culto da bancada evangélica
Segundo a cientista política Karla Matos, é natural que os parlamentares da mesma base demonstrem um pouco da discordância ideológica. “Não é de hoje que há um descontentamento entre os que não têm tanta evidência com Feliciano, por exemplo, João Campos (PSDB-GO) e Anthony Garotinho (PR-RJ) tinham na época deles”, afirma.

A eleição do Marco Feliciano na CDH provocou manifestações no Congresso Nacional, após discursos de ódio que o pastor fez para o microblog Twitter, provocando reações adversas. “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”, declara.  

O blog COTIDIANO entrou em contato com a assessoria de imprensa do deputado Feliciano, mas segundo o assessor, o pastor não quis se pronunciar. “Feliciano não quer comentar sobre o assunto. Prefere esperar passar todo esse acontecimento”, ressalta.

Sempre quando inicia uma sessão na Comissão, alguns parlamentares de outros partidos formam grupos com ativistas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), sociedade civil, jovens, negros e até servidores, e, também, tem o grupo do contra, que são religiosos simpatizantes e forças. Após essa formação, começa a confusão. Gritos para o pastor abandonar a comissão, e até religiosos agredindo grupos LGBT. Logo depois dos atritos, Feliciano realiza uma reunião restringindo a entrada dos grupos, portanto, segundo ele, só é permitido a entrada de parlamentares, servidores e jornalistas.

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