Ed Ferreira e Fernando Gallo - enviados especiais de O Estado de S. Paulo
O contraventor Carlinhos Cachoeira rompeu o silêncio na tarde
desta sexta-feira, 23, e disse a jornalistas que vai falar "na hora
certa". "Vou colocar os pingos nos 'is'", afirmou momentos antes
de entrar em uma casa em Anápolis, no interior de Goiás, para onde viajou para
visitar o túmulo da mãe.
A breve entrevista de Cachoeira
durou menos de três minutos. Disse estar passando por um momento difícil e
negou que tenha feito festas após ter deixado a prisão nesta semana. "Não
é momento de festa. Não fiz festa em casa anteontem. É momento de luto. Perdi
minha mãe, perdi um irmão, não de sangue, mas considerava um irmão mais
velho."
Investigado por duas operações
da Polícia Federal, Cachoeira é acusado de comandar esquema de jogo ilegal em
Goiás e por participar de fraudes em contratos com órgãos públicos. Segundo
ele, as teses que sustentam as acusações são "maliciosas" e
qualificou como "estrelismo" a atuação do Ministério Público no caso.
"É estrelismo. Os grampos são ilegais. O Ministério Público não vai
mais fazer estrelismo", afirmou. Ele afirmou ter perdido 13 quilos durante
o tempo que esteve preso.
Cachoeira prometeu falar
futuramente com a imprensa sobre o caso na presença de seus
advogados. "Vou falar a história toda. O povo goiano vai ter orgulho
de mim".
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