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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O relator da CPI do Cachoeira , Odair Cunha (PT), vai retirar nomes apontados para indiciamento e investigação.

O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG),  irá apresentar relatório nesta quarta-feira (28),  com a retirada de nomes apontados para indiciamento e investigação, após reunião com outros deputados da base aliada.

Odair admitiu que pode tirar do relatório “questões não centrais”, como o pedido de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja.
“Temas não centrais do nosso relatório podem, sim, ser negociados. Exatamente por isso estou estabelecendo o diálogo com todos os membros da CPI”,  afirmou o relator, que ainda pretende conversar com senadores governistas antes da reunião para a leitura do relatório, marcada para as 10h15.

Questionado sobre uma possível negociação para a retirada do pedido de indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Odair Cunha deu indicativos de que essa parte do texto deve ser mantida.
“O ponto central está nas pessoas que foram corrompidas e cooptadas pela organização criminosa”, afirma Odair.

sábado, 24 de novembro de 2012

Vou colocar os pingos nos 'is', diz Cachoeira


Ed Ferreira e Fernando Gallo - enviados especiais de O Estado de S. Paulo
O contraventor Carlinhos Cachoeira rompeu o silêncio na tarde desta sexta-feira, 23, e disse a jornalistas que vai falar "na hora certa". "Vou colocar os pingos nos 'is'", afirmou momentos antes de entrar em uma casa em Anápolis, no interior de Goiás, para onde viajou para visitar o túmulo da mãe.
A breve entrevista de Cachoeira durou menos de três minutos. Disse estar passando por um momento difícil e negou que tenha feito festas após ter deixado a prisão nesta semana. "Não é momento de festa. Não fiz festa em casa anteontem. É momento de luto. Perdi minha mãe, perdi um irmão, não de sangue, mas considerava um irmão mais velho."
Investigado por duas operações da Polícia Federal, Cachoeira é acusado de comandar esquema de jogo ilegal em Goiás e por participar de fraudes em contratos com órgãos públicos. Segundo ele, as teses que sustentam as acusações são "maliciosas" e qualificou como "estrelismo" a atuação do Ministério Público no caso.  "É estrelismo. Os grampos são ilegais. O Ministério Público não vai mais fazer estrelismo", afirmou. Ele afirmou ter perdido 13 quilos durante o tempo que esteve preso.
Cachoeira prometeu falar futuramente com a imprensa sobre o caso na presença de seus advogados. "Vou falar a história toda. O povo goiano vai ter orgulho de mim".

DIRCEU, GENOINO E JOÃO PAULO CUNHA CONVOCAM PT PARA IR ÀS RUAS CONTRA JULGAMENTO DO MENSALÃO


Hícaro Teixeira 
Do Cotidiano, em Brasília


Após serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), José Dirceu, Genoino e João Paulo Cunha convocaram ontem o Partido dos Trabalhadores (PT) e os movimentos sociais às ruas para "fazer o julgamento do julgamento" do mensalão. Ele discursou em plenária promovida pelo deputado João Paulo, também condenado, em Osasco, base eleitoral do parlamentar.

"É preciso ir às ruas, discutir, debater o que está acontecendo. Não aceitamos. Estamos revoltados e indignados e somos vítimas de um julgamento injusto", afirma, Dirceu, ex-ministro da Casa Civil.

Ele também criticou a imprensa. "Nós, antes de sermos condenados, fomos linchados. Quem jogou o principal papel na articulação foram os meios de comunicação, não todos, mas determinados meios de comunicação."

PF INDICIA MULHER DE CARLINHOS CACHOEIRA SOB ACUSAÇÃO DE CHANTEAGEAR JUIZ


Hícaro Teixeira 
Do Cotidiano, em Brasília

A mulher do contraventor
Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, é indiciada pela Polícia Federal (PF) sob acusação de chantagear o juiz Alderico Rocha dos Santos. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, é o primeiro envolvimento formal dela com o esquema Cachoeira.

Rocha é o juiz responsável pela ação penal decorrente da Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro. Ele relatou à PF e ao Ministério Público Federal, que a mulher de Cachoeira tentou constrangê-lo, na tentativa de conseguir a revogação da prisão preventiva do marido.

A Folha teve acesso ao relatório que investigou Andressa. De acordo com o documento, "o ato criminoso tinha como objetivo favorecer Carlos Augusto de Almeida Ramos mediante a sua soltura".

Segundo o relatório, Andressa anotou em um pedaço de papel o nome de pessoas que estariam com um suposto dossiê montado por Cachoeira com informações contra o juiz. O documento só não seria divulgado caso o magistrado determinasse a libertação do empresário.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Após derrotas, PSDB discute mudar rumo

De DANIELA LIMA

Da Folha de S.Paulo

Após sofrer três derrotas para o PT em eleições presidenciais e perder sua influência na Prefeitura de São Paulo, o PSDB paulista quer levar a sigla para o divã.
Dois documentos assinados por políticos de gerações distintas do partido e enviados à cúpula tucana nos últimos dez dias pregam uma revisão profunda dos programas da legenda e suas estratégias eleitorais.
Os textos dizem ainda que o PSDB deve refazer conexões com sua militância promovendo uma ampla consulta às bases para trilhar o caminho da "renovação".
Um documento foi elaborado por José Henrique Reis Lobo, ex-presidente da sigla, aliado de José Serra e confidente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O outro pela Juventude do PSDB de São Paulo.
Redigidos separadamente e por grupos que não se comunicam dentro da sigla, ambos introduzem seus pedidos com um convite à reflexão sobre as derrotas eleitorais sofridas nas eleições nacionais de 2010 e nas municipais de 2012. Nos dois casos, Serra era o candidato.
Reis Lobo, no documento enviado à direção nacional, é direto. Pede a organização de um congresso nacional do partido, precedido por debates municipais e estaduais para "promover uma ampla reflexão sobre o resultado das últimas eleições, tanto as de 2012 quanto as 2010, para melhor entender os resultados adversos".
O texto assinado por ele foi discutido com FHC, com o senador Aloysio Nunes Ferreira e Alberto Goldman, entre outros líderes do partido. Já o da Juventude nasceu de uma reunião de 150 "jovens tucano" sábado passado.
"É preciso promover discussões sobre as questões do PSDB. Essas coisas passam, talvez, por uma autocrítica", afirma Lobo. "E não adianta querer promover isso debatendo apenas em um circulo restrito de líderes do partido. Tem que ouvir todo mundo que vive o PSDB ou tem uma ligação ideológica ou emocional com ele", concluiu.
Já o texto da Juventude dá a entender que o PSDB se desviou de seus propósitos iniciais. "O PSDB nasceu contestando uma velha prática: disputa de poder pelo poder, plano de governo tirado da cartola, pragmatismo, campanhas eleitorais frágeis e vazias. 24 anos depois, cabe a reflexão: estamos fazendo o que condenávamos?".
A carta dos jovens prega ainda a consolidação de prévias para definir os nomes de candidatos do partido. "Precisamos de modelos que permitam a prevalência da democracia interna. Uma estrutura arcaica dá margem a atitudes autoritárias", diz.
"Falar de renovação não é dizer que devemos jogar o Serra, o Alckmin e o FHC fora. Ao contrário. Eles devem conduzir esse processo. "Renovação não é de idade, mas de ideias", avalia Paulo Mathias, presidente da Juventude tucana.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

RENOVAÇÕES PARTIDÁRIAS PARA 2014


Hícaro Teixeira 
Do Cotidiano, em Brasília
Em alguns partidos como PT, PSDB e PSB estão ocorrendo renovações.  Conhece neo-PT? Pois bem... A presidente Dilma Rousseff adotou em seu governo a opção por políticos de perfil técnico, dedicados sem a antiga prática política do partido. O ex-presidente Lula, em 2010, começou traçar propostas na eleição de Dilma. Através dessa revolução silenciosa foram eleitos 635 prefeitos, portanto, houve um crescimento de 14% no número de municípios nas mãos do partido.

Diante do processo do julgamento do “mensalão”, Lula passou a lutar constantemente para mostrar para a sociedade que o partido está disposto a reescrever sua história, e o resultado da luta do ex-presidente saiu nas eleições municipais de 2012 com a vitória de Fernando Haddad. Entretanto, até os opositores que acharam que o julgamento iria influenciar, tiveram uma verdadeira surpresa: Lula conseguiu reformular o partido após a vitória de Haddad.

O presidente do PT, Rui Falcão, reuniu com a bancada do partido no Congresso no mês de novembro, na terça-feira (30), para debater sobre o fortalecimento de legendas à esquerda do espectro partidário, como o PSB. E, também, recebera a informação que parte importante da sustentação do PT como os sindicatos bancários, de professores e da saúde, está decidida a se alinhar totalmente à imagem de Dilma e se afastar do grupo de Dirceu.

PSDB
Já no PSDB, Aécio Neves (futuro candidato à presidência da República nas eleições de 2014) concedeu uma entrevista à revista CartaCapital .  Criticou o neoudenismo que subsidiara nas últimas eleições no partido. “Não está no ideário do partido e não é da natureza do partido”, afirma.


O recém-derrotado José Serra, após perder nas eleições municipais de 2012, pelo prefeito Fernando Haddad (PT), em São Paulo, ainda sonha em ser presidente da República em 2014.  Serra, sempre terá um pensamento  -  como segue o famoso ditado popular “sou brasileiro e não desisto nunca”, porém, declara-se “revigorado” - mas será que ele vai se candidatar à presidência da República pelo PSDB? 


Depois da derrota de Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma ao jornal Folha de S.Paulo que: ”o partido vai precisar de renovação”. “A gente tem que empurrar os novos para ir para a frente”, afirma.  Posteriormente, afirmou que o PSDB ”precisa voltar a ter uma atitude muito mais próxima do que o povo está sentindo”. “Tem que estar alinhado com o futuro”. Portanto, é bom observarmos desde cedo, os próximos candidatos que irão participar da história da nossa adolescente democracia, isto é, nas próximas eleições presidenciais de 2014.

PSB

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, precisa decidir se vai disputar à Presidência ou se continuará sendo aliado nacional do PT, pois possui uma grande fidelidade com a presidente Dilma e com Lula . “Nós queremos criar soluções, ajudar a tocar a pauta que interessa à população neste momento", afirma.